Introdução: A mortalidade materna é um dos indicadores para se avaliar as condições de saúde de uma população e a baixa escolaridade materna parece estar associada a um risco maior de mortalidade materna. A escolaridade materna tem sido apresentada como variável independente de risco de mortalidade em variados temas e dentre eles, a mortalidade materna e escolaridade menor das mães. Objetivo: Descrever as possíveis associações entre a baixa escolaridade materna e mortalidade materna. Metodologia: Estudo do tipo ecológico com coleta de dados no site DATASUS nos anos de 2005 a 2013. Utilizado fontes de informação acerca do índice de mortalidade materna referente ao Brasil e suas regiões federativas. Resultados: Houve um total de 14.984 mortes maternas no Brasil no período de 2005 a 2013, sendo estas mortes distribuídas em 1.780 na região norte, 5.340 na região nordeste, 5.012 na região sudeste, 1.705 na região sul e 1.147 na região centro-oeste, um índice considerado alto e de preocupação pública. Levantou-se ainda que das 14.984 mortes maternas em toda a unidade da federação, 5.884 mulheres tinham escolaridade menor que sete anos, não considerando analfabetos, enquanto apenas 1.133 tinham escolaridade completa. A mortalidade materna relativa ao baixo grau de escolaridade representam 39% no país. Observa-se que quanto menor o grau educacional maior o índice de mortalidade materna, fomentando que a falta de informação afeta diretamente nos cuidados relativos à gravidez e a doenças relacionadas e consequentemente ao alto índice de mortalidade. Conclusão: Existe associação entre escolaridade e mortalidade maternas, pois a baixa escolaridade materna constitui um fator importante que pode predispor ao aparecimento de situações potencialmente de risco para a mãe e quanto menor a escolaridade maior a chance de uma gestação mal sucedida gerando mortes tanto de aspecto direto (complicações obstétricas) como indireto (não provocadas por causas obstétricas).