INTRODUÇÃO: Brincar é uma das atividades mais importantes na vida de uma criança, é o método pelo qual ela se comunica com o mundo, expressando seus sentimentos, ansiedades e frustrações, refletindo também como se dão suas relações familiares. O brinquedo possui valor terapêutico, ajudando a enfrentar situações de crise, como a hospitalização. OBJETIVOS: analisar a produção científica acerca dos benefícios do uso do brinquedo terapêutico no cuidado de enfermagem prestado às crianças hospitalizadas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de produções realizada nos seguintes bancos de dados do sítio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): LILACS, BDENF, MedLine, por meio dos indexadores: Jogos e brinquedos, saúde da criança e enfermagem. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português, publicados no período de 2010 a 2014 nas bases de dados citadas utilizando a combinação dos descritores. Foram selecionados para esta revisão 12 artigos que atendiam os critérios estabelecidos. RESULTADOS: A hospitalização é para criança uma situação diferente de todas já vivenciadas, a qual causa mudança na rotina, distancia amigos e familiares, além disso, cerca a criança de pessoas estranhas, por isso essa experiência pode deixá-la ansiosa, insegura e com medo. A assistência de enfermagem não se resume apenas à técnica, mas também aos cuidados como um todo, contemplando o físico-emocional e a família. Como recurso facilitador da intervenção de enfermagem tem-se o brinquedo terapêutico, que é estruturado para aliviar as tensões causadas por experiências atípicas e deve ser usado sempre que a criança possuir dificuldade em compreender e lidar com uma situação difícil, ou ainda quando precisar se preparar para procedimentos invasivos ou dolorosos. A utilização do brinquedo terapêutico pelo enfermeiro é recomendada e regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem na Resolução nº295 de 24 de outubro de 2004. CONCLUSÃO: As características lúdica, terapêutica e educativa do brinquedo podem minimizar os prejuízos de uma hospitalização na vida da criança. A enfermagem deve fazer uso desse instrumento para auxiliar a criança a compreender as mudanças que ocorrem na hospitalização e também verificar o entendimento dela sobre a situação vivenciada. Na sistematização da assistência de enfermagem à criança hospitalizada, o enfermeiro deve prever, prover e facilitar a atividade do BT como parte integrante do plano de cuidados.