Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
ABORDAGEM DE REDUÇÃO DE DANOS A USUÁRIO DE DROGAS
Relatoria:
FLÁVIA RAYMME SOARES E SILVA
Autores:
- JONAS ALVES CARDOSO
- GIOVANNA DE OLIVEIRA LIBORIO DOURADO
- CLERIANA SILVA VIEIRA
- FRANCELYNE GUIMARÃES PIMENTEL
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A redução de danos é uma prática realizada no Brasil desde meados do final do século XX. No entanto é evidente que mesmo com a constatação de um programa bem sucedido já na década de 90, ainda existe considerável resistência a sua implementação nos setores de atenção básica pelo país, principalmente quando estes são voltadas a consumidores de drogas. OBJETIVO: O presente estudo busca refletir sobre as práticas de redução de danos desenvolvidas na atenção básica, voltada para público consumidor de substâncias psicoativas (SPA). METODOLOGIA: Estudo reflexivo, realizado através de consultas de artigos indexados nas bases de dados Scielo e Lilacs. Utilizaram-se os termos cadastrados no Descritores das Ciências da Saúde (DECS): Redução do Dano, Atenção Primária, Uso de Drogas e Saúde Mental. Utilizou-se os critérios de inclusão: trabalhos que abordassem a prática de redução de danos na atenção básica, disponíveis na íntegra, publicados entre 2012-2015. Foram excluídas as duplicatas. Encontraram-se 43 publicações, onde se identificaram 3 artigos que obedeciam aos critérios de inclusão para esta pesquisa. Acrescentou-se as publicações do Ministério da Saúde essenciais para abordagem da problemática. Para análise dos dados e delineamento dos resultados procedeu-se leitura exaustiva do material selecionado, com posterior reflexão sobre a temática. RESULTADOS: A redução dos danos na Atenção Básica (AB) atua como abordagem primária do usuário de SPA. A continuidade do cuidar deve ocorrer considerando a Rede de Atenção Psicossocial. Dentre as atividades desenvolvidas temos, prioritariamente, a prevenção de overdose ou infecção aguda, impedir a progressão de um estágio de uso de drogas para outro, bem como da associação do uso de drogas com práticas prejudiciais à saúde. De forma geral e diante da pouca atuação da enfermagem na reinserção psicossocial, a prática de redução de danos torna-se um alicerce de atuação destes profissionais, ainda mais por estarem amplamente inseridos e presentes na atenção primária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A baixa aplicabilidade da redução de danos nos serviços de atenção básica revela a necessidade de maior atuação em saúde mental nas Estratégias de Saúde da Família e de fortalecimento das políticas públicas voltadas especificamente para o atendimento desse público, além de formular estratégias de inclusão social a partir da articulação das redes sociais já existentes.