A hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, tem cura e seu tratamento é de grande importância para saúde pública devido o alto poder incapacidade. Estima-se que no mundo ocorram cerca de 250.000 novos casos de hanseníase no ano e no Brasil notifica-se aproximadamente 47.000 novos casos a cada ano. O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades, aumentando o preconceito e dificuldade de adesão à terapia medicamentosa. A fim de prevenir sequelas nos pacientes o uso de práticas educativas, tem sido um recurso eficaz na transformação de práticas inadequadas e na desconstrução de estigmas e estereótipos. OBJETIVO: Relatar a experiência de um grupo de estudantes envolvidos em um projeto de extensão sobre Hanseníase durante a realização de rodas de conversa com outros acadêmicos. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado no Auditório I do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFCG, durante atividades do Componente Curricular Saúde do Adulto I. Reunimos os alunos do sexto período de Enfermagem e realizamos rodas de conversa com duração de 40 minutos, sobre as Incapacidades causadas pelo tratamento inadequado ou tardio da Hanseníase, orientando-os em cada encontro sobre as formas de prevenção, de avaliação e detecção das incapacidades, de tratamento e da reabilitação desses pacientes. RESULTADOS: As rodas de conversas representaram um momento de importante aprendizado aos alunos que demonstraram interesse pelo tema realizando muitos questionamentos, principalmente em relação ao preconceito, ao estigma e as deformidades causadas pela reabsorção tecidual. Após as conversas os estudantes foram incentivados a reproduzir o exame dermatoneurológico, avaliando a sensibilidade de mãos, pés e olhos de outros colegas de turma como mecanismo de fixação do conteúdo passado, evidenciando a eficácia das ações educativas. CONCLUSÃO: Vivenciando esta experiência, pudemos reforçar a importância da educação em saúde para a enfermagem. Através dessas ações educativas extra sala de aula há um dinamismo que aumenta o interesse dos alunos pelo tema, favorecem o aprendizado, tornando-os possíveis transformadores de práticas antigas e consequentemente contribuindo positivamente para o processo de recuperação da saúde dos portadores da doença.