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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
DIFICULDADES  NA DETECÇÃO E CONDUTAS DA ENFERMAGEM FRENTE A CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Relatoria:
JOÃO PAULO FRANCO DE AZEVEDO
Autores:
  • Jucicleia Maiara da Silva Freitas
  • João Henrique Lucena Araujo
  • Fábia Lethícia Martins de Andrade
  • Amanda Haissa Barros Henriques
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, tendo maior incidência e repercussão no sexo feminino. Sem necessariamente obedecer a nível econômico, social, religioso ou cultural específico, a violência interfere no desenvolvimento econômico, social e é de fato uma violação dos direitos humanos. Objetivo: Analisar as dificuldades dos enfermeiros frente à detecção e condutas em casos de violência doméstica contra a mulher. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE, IBECS e SCIELO, a partir de busca utilizando os descritores “Violência doméstica”, “Violência contra Mulher” e “Cuidados em Enfermagem”. Encontrou-se 95 artigos, dos quais 10 fizeram parte da amostra por se enquadrarem nos seguintes critérios de inclusão: está disponível na íntegra na internet, ter como assunto principal “violência contra a mulher”, ter como limite “Feminino”, como assunto da revista “Enfermagem”, ser artigo e ter sido publicado entre os anos de 2010 á 2015. Resultados: Violência contra a mulher caracteriza-se pela agressão física, psicológica ou sexual em qualquer nível econômico, social, religioso, étnico ou cultural. As vítimas passam então a necessitar de assistência jurídica e de saúde, e o enfermeiro tem papel fundamental na assistência voltada para a escuta e o acolhimento. A qualidade da escuta interfere positivamente, devendo o profissional encorajar a denúncia por parte da mulher, notificar a agressão e realizar visitas domiciliares, atentando-se para o respeito à privacidade da vítima. No entanto, a identificação precoce dos casos ainda é falha, seja pela omissão por parte das mulheres que são ameaçadas pelos parceiros, seja pela falta de um olhar atento do enfermeiro à possibilidade da agressão e não realizar busca ativa de tais mulheres, ou ainda, pelo perfil do profissional que negligencia a assistência por não querer se envolver. Conclusão: A identificação, bem como a notificação dos casos de violência contra a mulher ainda é escassa, dificultando a oferta de uma assistência integral à mulher por parte dos enfermeiros, os quais devem reconhecer mais sua importância diante da problemática, na detecção e condução de casos confirmados de violência doméstica, bem como estratégias para enfrentamento junto à vítima.