Introdução: No exercício cotidiano de suas funções os profissionais de enfermagem obtêm constantemente informações acerca de seus pacientes, sendo algumas destas sigilosas, neste cenário há uma questão ética na assistência prestada a estes pacientes, de modo que há uma necessidade de se praticar a confidencialidade. A confidencialidade é definida como a garantia do resguardo das informações dadas pessoalmente em confiança e proteção contra a sua revelação não autorizada, salvo em casos de previsto pela lei. Objetivo: Realizar uma reflexão teórica sobre a prática da confidencialidade por parte da equipe de enfermagem. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistêmica de caráter exploratório e abordagem qualitativa, com busca no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em junho de 2015, utilizando-se dos descritores em ciências da saúde: Ética and confidencialidade and enfermagem. Obteve-se um total de 612 publicações. Para selecionar os exemplares foram impostos critérios de inclusão: estar na íntegra, disponível e no idioma português, totalizando 6 publicações. Em seguida foram aplicados os critérios de exclusão: pesquisas duplicadas e não ter relação com o tema, obtendo um total de 5 publicações que foram analisadas criticamente. Resultados e discussões: A literatura revela que os profissionais de saúde e administrativos que entram em contato com as informações têm apenas autorização para ter acesso às mesmas em função de sua necessidade profissional, mas não têm o direito de usá-las livremente. Há somente alguns casos específicos em que as informações do paciente podem ser reveladas, ganhando destaque os casos previstos em lei, ordem judicial ou consentimento escrito da pessoa envolvida ou seu representante legal. Podem-se citar os maus tratos ou abuso, crimes e doenças de notificação compulsória como exemplos. No geral a equipe de enfermagem deve manter sigilo de informações, e evitar exposições desnecessárias dos dados dos pacientes, bem como exames, prontuários físicos ou eletrônicos. Conclusão: A confidencialidade das informações do paciente é uma constante na prática dos profissionais de enfermagem, de modo que, há situações nas quais deve haver a revelação das informações por um motivo maior, sendo assim os profissionais devem estar sempre atentos e informados para saber discernir quando o sigilo profissional pode ou não ser quebrado, e de que forma proceder.