INTRODUÇÃO: A experiência vivida de uma ex-portadora de Hanseníase, enfatizando assuntos a respeito da descoberta da doença, tratamento, dentre outros que fazem parte do cotidiano de quem sem ao menos saber quando, onde e por que adquiriu a doença, que por vez, vitimou milhares de pessoas nos séculos passados e que hoje, continua vitimando, não pela doença em si, mas sim pelo preconceito. OBJETIVO: mostrar aspectos da doença, desde o diagnostico até a “cura”, ou seja, o antes, o agora e o depois do tratamento. METODOLOGIA: Trata -se de uma revisão de literatura de 20 artigos, livros internacionais publicados entre 2000 a 2014, Utilizou-se, para tanto, as bases de dados Scielo e Google Acadêmico, disponíveis na Internet. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Dez meses depois de ter adquirido hanseníase, me veio à vontade de relatar uma experiência sobre a temática. Não sabia bem ao certo como delimitar o assunto e tão pouco como demonstrar a cientificidade do mesmo. Tinha em mente somente o desejo de “gritar ao universo” a importância das pessoas saberem o que é ser um hansênico. Mas isso não parecia uma tarefa simples, afinal “gritar” seria fácil, o difícil mesmo seria aplicar esse desejo através das palavras para a população. Durante todo o meu tratamento, fui percebendo as dificuldades encontradas por mim e pelas outras pessoas portadoras quanto ao distanciamento entre o que se fala e o que se vive quando se tem hanseníase. Vivenciei também um pouco de preconceito em uma turma da área da saúde, onde as pessoas tinham conhecimento da doença e mesmo assim tomaram a vacina BCG como forma uma prevenção. Será que isso não é PRECONCEITO? O Ministério da Saúde em todos os seus informativos diz que “Hanseníase tem cura”, mas em momento algum diz ou cita como o problema é enfrentado pelos seus portadores. E foi justamente sobre esse distanciamento que me fez escrever este relato. Não tenho dúvidas no que irei escrever/relatar, afinal tenho conhecimento do assunto e o vivi diariamente, durante dois anos de minha vida, o que poderia evidenciar o caráter subjetivo desse relato. CONCLUSÃO: A hanseníase ainda continua sendo vista como a doença incurável do passado, causadora de um grande desconhecimento desta enfermidade no que diz respeito entre o que se fala e o que se vivencia. As dificuldades enfrentadas pelos doentes iniciam desde a busca do diagnóstico, a conscientização deste, a realização da cura e toda sua trajetória no tratamento das sequelas da doença.