O Centro de Material e Esterilização - CME é a unidade funcional dentro das instituições hospitalares, com a finalidade de apoiar todos os setores que prestem atendimento diagnóstico e terapêutico aos pacientes, exigindo padronização na prestação dos serviços e na estrutura organizacional, que devem ser adequados para execução de suas atividades. Diante desta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi identificar as atividades dos enfermeiros de CME de instituições hospitalares da capital de Roraima. O estudo foi realizado em instituições hospitalares com administração estadual e que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde, servindo de referência para população maior de 12 anos (Hospital A), mulheres, gestantes, puérperas e recém-nascidos (Hospital B); além de receber pacientes provenientes da tríplice fronteira: República Cooperativa da Guiana e República Bolivariana da Venezuela; Sendo referência ainda para população indígena. Tratou-se de uma pesquisa descritiva e transversal, com aplicação de questionário que versou sobre 25 atividades especificas do Enfermeiro, normatizadas pela Resolução COFEN nº 424/2012 e RDC 15. A entrevista foi realizada com total de 08 profissionais, sendo 03 do Hospital A e 05 no Hospital B, todas do sexo feminino. No hospital A, a média de idade foi de 47,5 anos, 60% com tempo de formação com mais de 20 anos e todas possuem pós-graduação em áreas não relacionadas ao CME, com tempo de atuação de 1 a 5 anos em 80% dos entrevistados. No hospital B, a média de idade foi de 35,5 anos, o tempo de formação acadêmica e atuação no CME foi de 1 a 5 anos, com 66,6% possuindo especialização também não relacionada ao CME. As atividades Técnico-administrativas são desenvolvidas diariamente correspondendo a 36%; As atividades de definição de escala de trabalho (4%) são realizadas mensalmente e as de Pesquisa (4%) nunca são realizadas, em ambos os hospitais. Quanto às atividades de administração de pessoal e coordenação da unidade, houve divergência nas respostas. Portanto, diante dos resultados, foi possível concluir que poucas atividades são desenvolvidas de forma padronizada, sendo necessário acompanhamento mais eficaz do responsável técnico do setor, buscando capacitar e treinar sua equipe, através do incentivo a realização de pesquisas e participação em eventos e cursos relacionados ao CME, a fim de contribuir para a qualidade do trabalho realizado neste setor, garantindo a segurança do paciente.