INTRODUÇÃO: O crescimento da epidemia do vírus HIV entre as mulheres levou, consequentemente, ao aumento do número de casos em crianças, sendo a maioria devida à transmissão vertical, na qual o HIV pode ser transmitido durante a gestação, o parto e pela amamentação. Em países desenvolvidos, há ampla implementação de intervenções para a redução da transmissão vertical do HIV, principalmente a administração de anti-retrovirais, a cesariana eletiva e a substituição do leite materno, resultaram na redução significativa da incidência de casos de AIDS em crianças. No Brasil, embora essas intervenções estejam disponíveis para toda a população de gestantes infectadas pelo HIV e seus filhos, há dificuldades da rede de saúde em prover diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV.OBJETIVO: Relatar a experiência vivida por acadêmicos de Enfermagem durante o cuidado a paciente gestante com HIV. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência vivida por alunos de enfermagem no estagio da disciplina de saúde da mulher, no período de 20/04 à 05/05 de 2015 em um hospital de referência em Fortaleza-CE.RESULTADOS: Durante o período de convivência com as gestantes, ficou clara a importância da intervenção de enfermagem durante o pré-natal, momento do parto e pós-parto. Foi observado que o momento do diagnostico causava desespero nas gestantes que desconheciam seu quadro clinico precisando de apoio e esclarecimento da equipe multidisciplinar. A administração de zidovudina injetável (antirretroviral muito utilizado no tratamento de pacientes com HIV para diminuir as chances de desenvolver infecções) é realizada em menos de 50% dos partos do total de mulheres estimadas como infectadas. Mães foram orientadas sobre inibição da lactação através de métodos sob prescrição. CONCLUSÃO: Evidenciou-se o papel da enfermagem e sua importância durante a promoção do diagnostico, esclarecendo duvidas, orientando as mães sobre a importância da não amamentação, e administração de zidovudina injetável em partos de mulheres infectadas.