Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS SEIS MESES APÓS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Relatoria:
DÉBORA MARIA MENDONÇA DA CUNHA
Autores:
- Thaynara Silva dos Anjos
- Luísa Vale de Carvalho
- Cristiane Franca Lisboa Gois
- Maria Cláudia Tavares de Mattos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A doença coronariana, assim como os transtornos mentais, representam problemas de saúde pública, devido às elevadas taxas de prevalência e contribuições de ambos para a carga global de doenças, com a depressão sendo considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento da doença coronariana. No contexto do paciente submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM), a depressão é considerada um preditor independente de aumento do tempo de internação após a cirurgia e de complicações perioperatórias tardias. Objetivo: Avaliar a presença de sintomas depressivos em pacientes submetidos à CRVM. Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, longitudinal, com abordagem quantitativa, realizado com 32 pacientes seis meses após a CRVM. Para a coleta dos dados foram utilizados dois instrumentos, um para a caracterização sociodemográfica e clínica, e outro para avaliação da presença de sintomas depressivos, o Inventario de Depressão de Beck (BDI). Resultados: A idade média dos pacientes foi de 58,0 anos, a maior parte era do sexo masculino (21; 65,6%); tinha companheiro (a) (28; 87,5%); apresentava baixa escolaridade, até o ensino fundamental incompleto (21; 65,65%) e não exercia atividade remunerada após a cirurgia (26; 81,25%). No pré-operatório a média do BDI foi 12,9 e seis meses após 11,0. Em ambas as avaliações a média foi superior ao ponto de corte limite para classificar ausência de depressão, que é nove, e se situou no intervalo preconizado para classificar disforia, entre 10 a 16. O número de pacientes sem sintomas depressivos foi maior seis meses após a cirurgia (15; 46,9%), quando comparado ao pré-operatório (12; 37,5%). No pré-operatório seis pacientes (18,8%) apresentaram depressão leve, enquanto que na segunda avaliação o número diminuiu para três (9,4%). Nas duas avaliações quatro (12,5%) pacientes apresentaram depressão moderada. Nenhum paciente apresentou depressão grave. Conclusão: Seis meses após a CRVM os pacientes apresentaram melhor avaliação utilizando o BDI, todavia, a maioria apresentou alteração psicológica que variou de disforia à depressão moderada.