O traumatismo crânio encefálico representa hoje uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil, estima-se que o TCE seja responsável por praticamente metade dos óbitos relacionados a eventos traumáticos. A incidência de TCE é elevada, sendo a principal causa de morte ou incapacidade física, cognitiva e comportamental em adultos jovens. O Objetivo desta pesquisa é descrever as características clínicas e epidemiológicas de pacientes vítimas de TCE admitidos em um hospital de referência de Pernambuco. Pretendendo identificar o sexo, faixa etária, averiguar as causas e tipos de TCE. Trata-se de um estudo prospectivo, exploratório-descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 354 pacientes vitimas de traumatismo crânio encefálico internados na emergência trauma adulto do Hospital da Restauração situada em Recife-PE, em 2014. Os resultados mostraram que 80% eram do sexo masculino, 40% tinham entre 17-29 anos, 37,9% possuíam o ensino fundamental incompleto, 55% renda familiar de até um salário e 68% eram procedentes da região metropolitana. De acordo com as características clinicas 51% apresentaram TCE leve de acordo com ECGI, 72,6% apresentaram rebaixamento do nível de consciência, convulsão em 46,9% dos casos. Segundo achados da TCC 26% obtiveram parâmetros normais, hematomas com 22,6% e 16,1% algum tipo de hemorragia. O tempo de internamento 53,0% permaneceram em uma média de 1 a 6 dias. 57% evoluíram para alta melhorada. Acidente motociclístico apresentou maiores índices 41,5%, sendo responsável pela maior taxa de mortalidade do sexo masculino 8,2%. Trauma de face associado ao TCE teve 46% dos casos, 31,9% fizeram uso de álcool e 17,8% não fizeram uso do capacete. 24,3% dos acidentes ocorreram no sábado, 48,8% no turno da noite. Concluímos que o presente estudo proporcionou uma maior compreensão a cerca da temática abordada enfatizada no levantamento das características das vitimas diagnosticadas com traumatismo crânio encefálico.