As complicações respiratórias que acometem pacientes submetidos a cirurgias torácicas e abdominais alta estão diretamente relacionadas a fatores de risco. Estudos relatam que idade, estado nutricional, doenças crônicas, tabagismo e etilismo são as variáveis mais prevalentes e que em decorrência destes fatores surgem as complicações respiratórias, dentre elas se destacam: atelectasia, insuficiência respiratória, pneumonia e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência dos fatores de risco para complicações respiratórias em pacientes submetidos a cirurgias torácicas e abominais altas. Estudo transversal e descritivo que avaliou pacientes no pós-operatório de cirurgia torácica e abdominal alta atendidos no posto 4 do Hospital Municipal de Imperatriz – HMI, na cidade de Imperatriz, MA. Foram avaliados 285 pacientes, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos, que apresentaram capacidade cognitiva de responder ao questionário e manifestaram interesse em participar da pesquisa. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro de 2013 a maio de 2015, nos turnos matutino e vespertino, utilizando formulário padronizado, com dados de identificação, sociodemográfico, história clínica, exame físico e fatores de risco. Para padronização da coleta de dados, todos os membros da equipe foram previamente treinados. O trabalho foi realizado por docentes e extensionistas vinculados ao Projeto de Educação sobre Exercícios Respiratórios - PEER, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMA, Nº 629.315. Os pacientes que aceitarem participar da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Verificou-se que a média de idade dos pacientes foi de 39 anos, com variação de 18 a 80 anos, com relação ao estado nutricional 82,1% apresentaram aspecto normal, 9,82% obesos e 1,75% desnutridos. Outro fator de risco prevalente foram as doenças crônicas na qual, 16,14% eram hipertensos, 7,36% diabéticos, 0,70% apresentaram DPOC e 1,75% asma. Com relação aos hábitos de vida, 27% eram tabagistas e 42,8% etilistas. A amostra estudada apresenta os fatores de risco mencionados em outras literaturas e são causas de possíveis complicações respiratórias no pós-operatório. As altas prevalências dos fatores de risco sugerem a necessidade de intervenções preventivas que estimulem a mudança dos hábitos de vida e consequentemente reduzirem as complicações respiratórias.