INTRODUÇÃO: Defende-se a ideia de que tecnologias educativas devem ser incorporadas nas práticas de saúde, potencializando as pessoas para o autocuidado. A aplicação do autoexame não requer treinamento e esforço para obter espaço e uso de equipamento sofisticado. OBJETIVO: Caracterizar o desempenho dos acadêmicos na realização do autoexame ocular com a triagem oftalmológica realizada pelo pesquisador. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de avaliação sobre o uso de uma cartilha na forma digital. A pesquisa foi realizada no período de setembro a outubro de 2014 em uma Universidade Pública do Piauí, com 324 alunos regularmente matriculados e escolhidos de forma aleatória. A coleta de dados foi dividida em: abordagem dos alunos, solicitação de anuência, acesso à internet e realização do autoexame ocular. Foi disponibilizado um computador com acesso a internet, a fim de acessar a cartilha (www.labcomsaude.ufc.br) e um kit contendo todo o material necessário. A coleta contou com uma equipe de pesquisadores capacitados quanto ao uso do instrumento e à técnica do exame ocular, por uma enfermeira sendo a responsável técnica pela elaboração e execução do projeto e do grupo de pesquisa Educação em Saúde. Os dados foram digitados no Microsoft Excel 2007 e submetidos à análise pelo software SPSS versão 19.0, para medir o grau de concordância entre os resultados, foi realizado o teste Kappa (nível de significância de 5% e p-valor de 0,05). Para verificar a relação entre o seguimento dos passos no autoexame, utilizou-se teste de Qui-quadrado e seguiu-se as recomendações éticas propostas pela Resolução 466/12. RESULTADOS: A acuidade visual para longe apresentou-se com chance de erro de interpretação. Os exames da pálpebra, cílios, córnea e íris obtiveram índice de concordância perfeita, exceto o exame da pálpebra do olho esquerdo. O movimento ocular obteve um índice superior a 0,4. A avaliação do campo visual, os resultados mostraram nível de concordância de razoável à regular. A acuidade visual para perto e avaliação do campo visual na visão periférica refere-se razoável e boa para os exames de acuidade visual para longe, reação pupilar e movimento ocular. Evidencia a necessidade de ser revisto o posicionamento correto da escala de Snellen. CONCLUSÃO: É nítida a importância de ações educativas e preventivas para prestar orientação aos acadêmicos, como também implementar ações estratégicas visando promover a autonomia do indivíduo e coletividade sobre a saúde ocular.