Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um sério problema de saúde pública dada à alta prevalência e baixa taxa de adesão ao tratamento, tornando-se um desafio para os profissionais de saúde a sua prevenção e controle. A adesão à terapêutica consiste basicamente no uso de fármacos e no controle de fatores de risco que implicam na mudança de hábitos de vida. Todavia, a adesão é um processo complexo, pois sofre influência de uma gama de fatores que merecem investigação visando contribuir para o controle da doença. Objetivo: Analisar os fatores apontados na literatura que interferem na adesão ao tratamento da HAS. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária, utilizando artigos publicados em periódicos, além de dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre a temática, nos últimos 5 anos. Para obtenção do material, acessou-se os portais da CAPES e BVS. Resultados: Os artigos analisados apontaram três categorias de fatores implicados na adesão - relacionados à pessoa com HAS, ao tratamento e ao sistema de saúde. Os fatores relativos à pessoa incluem as variáveis sócio-demográficas, os conhecimentos e crenças sobre a doença e o tratamento e o apoio familiar; os fatores associados ao tratamento englobam a terapêutica medicamentosa e não medicamentosa e os fatores relacionados ao sistema de saúde incluem a estrutura dos serviços e o processo de atendimento. Esses três grupos de fatores atuam de modo inter-relacionado podendo determinar diferentes graus de adesão. Conclusões: Com base nos resultados, a abrangência dos fatores que interferem na adesão mostram que não basta a valorização da mudança de comportamento pela pessoa hipertensa e a sua vontade de participar ativamente do tratamento, mas são fatores de extrema relevância uma proposta de assistência que contemple além do conhecimento técnico- científico o contexto psicossocial da pessoa hipertensa, um forte suporte familiar e da estrutura social incluindo os serviços de saúde.