INTRODUÇÃO: As consequências do diabetes mellitus a longo prazo decorrem de alterações micro e macrovasculares que levam a disfunção, dano ou falência de múltiplos órgãos. As principais complicações crônicas incluem pé diabético, nefropatia, retinopatia e neuropatia. Os custos do DM afetam o indivíduo, a família e a sociedade, porém não são apenas econômicos. Os custos intangíveis (p. ex., dor, ansiedade, inconveniência e perda de qualidade de vida) também apresentam grande impacto na vida das pessoas com diabetes e seus familiares, o que é difícil de quantificar. OBJETIVOS: Demonstrar os registros de cobertura, acompanhamento e hospitalizações por diabetes mellitus no estado do Maranhão entre 2005 a 2015. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter retrospectivo, com análise de dados secundários, obtidos no Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB). Foram coletados dados referentes ao período de janeiro de 2005 a maio de 2015 relacionados ao cadastro, acompanhamento e hospitalizações por complicações do diabetes mellitus no Maranhão. Toda a informação obtida deu origem a um banco de dados, que foi armazenado e analisado no Microsoft Excel 2013. RESULTADOS: Com relação a cobertura pelo Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), o ano de 2005 apresentou menor número de diabéticos cadastrados totalizando 139.356 cadastros, ao contrário da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) que no ano de 2013 foram cadastrados 1.795.984 diabéticos. Quanto ao acompanhamento, o PACS em 2005 acompanhou 137.299 diabéticos e na ESF, 887.051 diabéticos foram acompanhados no ano de 2014. No que tange as hospitalizações por complicações do diabetes mellitus, o PACS registrou em 2006, 720 hospitalizações e na ESF em 2013 foram registrados 4.202 hospitalizações. CONCLUSÃO: Podemos concluir que a Estratégia Saúde da Família aponta um número mais expressivo de pacientes diabéticos do que o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), por isso maior o número de hospitalizações por complicações dos pacientes diabéticos da ESF. Desta forma, o cuidado integral à pessoa com diabetes deve compreender os aspectos psicossociais e culturais, motivando e fortalecendo a pessoa e a família, para conviver com a condição crônica, que a cada atendimento da equipe, deve ser reforçada a percepção de risco à saúde, conhecimento sobre a patologia, tratamento e prevenção das complicações, bem como o desenvolvimento de habilidades e a motivação para superar esse risco.