INTRODUÇÃO: A diabetes mellitus representa um grande problema de saúde pública tendo em vista sua alta prevalência e suas complicações como, por exemplo, as úlceras diabéticas. Essa complicação está muitas vezes associada a neuropatias periféricas e se caracteriza por alterações vasculares, neurológicas e deformidades biomecânicas. Nesse contexto, ocorre o comprometimento da qualidade de vida do paciente, já que essa lesão provoca alterações no desenvolvimento de atividades cotidianas e em um aspecto socioeconômico podendo levar à problemas psicológicos e mudanças de comportamento, refletindo, assim, na saúde física, social e mental. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de dois pacientes diagnosticados com úlcera diabética. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso com caráter descritivo realizado no período de junho e julho de 2015 através de dois pacientes que realizam acompanhamento ambulatorial em um hospital geral de referência no tratamento de feridas da cidade de Teresina – PI. A coleta de dados ocorreu por meio de um instrumento que avalia o índice de Qualidade de Vida de Ferrans e Powers versão ferida composto por quatro domínios: saúde e funcionamento, família, socioeconômico e psicológico/espiritual. A pesquisa obedeceu aos preceitos éticos regulamentados pela resolução 466/12 e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí sob parecer nº 1.125.329. RESULTADOS: Destacam-se como principais resultados para o paciente um e dois, respectivamente, os seguintes índices: 19,5 e 20,9 no domínio saúde e funcionamento, 30 e 30 no família, 28,8 e 28,8 no socioeconômico e 24,5 e 29,15 no domínio psicológico/espiritual, resultando em uma média dos escores total de 25.7 e 27,21. Diante disso, pode-se considerar que a qualidade de vida desses pacientes é plena e está relacionada aos resultados eficazes na cicatrização das feridas, o que trouxe um aumento da autoestima, esperança e o retorno parcial às atividades diárias e de lazer. Além disso, as relações familiares e as crenças pessoais se destacam como fatores fortalecedores e essenciais para o aumento na qualidade de vida desses pacientes. CONCLUSÃO: A assistência enfermagem não deve focar só na lesão, mas direcionar ações para restabelecer as relações familiares e sociais e proporcionar o bem-estar físico, a mobilidade e o autocuidado, contribuindo, assim, para aumentar a qualidade de vida do paciente.