Introdução: Com a feminização da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sobretudo, em idade fértil, ocorreu o aumento significativo do risco da transmissãoverticalresultando um número crescente de crianças infectadas em um cenário no qual há um intenso sofrimento psíquico. Objetivo: analisar na literatura as formas de enfrentamento das mães de filhos portadores de HIV. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter narrativo realizada nas bases de dados LILACS e SCIELO com os descritores: “HIV”, ”mães soropositivas”, “crianças soropositivas” obtendo um total de 63 artigos cujos critérios de inclusão para filtrá-los foram: artigos que contemplassem a temática, de 2005 a 2014, textos completos e em português do total somente 8 artigos obedeceram os critérios estabelecidos. Os resultados serão apresentados em quadro segundo: autor, ano, base coletada, revista e qualis objetivo, metodologia, característica do conhecimento sobre o tema, dificuldades sobre o tema e conclusão. Resultados: O enfrentamento de mães quanto à condição sorológica do filho mostrou-se como uma tentativa de protegê-los do preconceito, optando pelo silêncio. Porém, revelar para a criança e para as instituições na qual está inserida, como a escola, poderia constituir um reforço de uma rede de apoio, embora a reação de preconceito possa ainda ocorrer em pequena escala. Contudo, elas assumem posturas, tal como, a doação, pois a prioridade é saúde do filho; a negação como forma de relegar a doença evitando o pensamento excessivo; a resignação, quando comparam o estado do filho com uma criança em circunstâncias piores e a religião como uma força de sustentação para evitar o desânimo e prolongar a vida. Conclusão: Deste modo, as formas de enfrentamento adotadas pelas mães constituem modos de proteger a criança dos efeitos biopsicossociais provocados pela doença,embora essas estratégias como a religião a doação possam constituir fatores positivos para a sua qualidade de vida, além de, revelar o diagnóstico de soro positividade da criança para que esta compreenda a dimensão da sua vida e as constantes internações, relegar ou resignar a condição do filho pode interferir no prognóstico da criança.