O Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem a responsabilidade de realizar o elo entre os indivíduos e a unidade básica por meio das visitas domiciliares. No entanto, a excessiva carga de trabalho gera efeitos insalubres à saúde e consequentemente à qualidade de vida destes profissionais da saúde. Assim, entende-se como qualidade de vida a percepção do indivíduo sobre sua vida diante dos aspectos culturais e valores nos quais ele está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Pode ser relativa e modificável a depender de vários fatores, entre eles as condições de trabalho. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida dos agentes comunitários de saúde. Estudo quantitativo, transversal, realizado com 153 agentes comunitários no município de Imperatriz, Maranhão. Utilizou-se o questionário de qualidade de vida SF-36 formado por 36 itens, englobados em oito domínios, que são: capacidade funcional, limitações por aspectos físicos, dor, estado de saúde geral, vitalidade, aspectos sociais, limitações por aspectos emocionais e saúde mental. Cada domínio apresenta um escore de 0 (zero) a 100, em que quanto maior o valor, melhor o estado de saúde. Os dados foram armazenados em um banco de dados no programa Microsoft Office Excel 2007® e avaliados utilizando estatística descritiva básica. O projeto foi aprovado em comitê de ética e pesquisa sob o número 866.701. Dentre os domínios avaliados destacaram-se: o domínio dor que apresentou o menor escore, com uma média de 52 (±22,1); e, o domínio limitações por aspectos físicos que apresentou um valor médio aproximado do domínio de dor (59,3 ±35,0), o que se pode prever que a dor interfere diretamente nos aspectos físicos dos ACS. O domínio limitações por aspectos emocionais apresentou o melhor escore, com uma média de 66. Em relação às condições de saúde atual, 63 participantes referiram considerar sua saúde como boa. Foi possível por meio do questionário SF-36 verificar a qualidade de vida dos ACS. Ressalta-se que é crucial refletir e observar o desenvolvimento das atividades de trabalho do ACS, uma vez que o enfermeiro é responsável pelo mesmo, e assim pode interferir em aspectos no que tange a qualidade de vida destes profissionais a partir das suas condições de trabalho.