(INTRODUÇÃO) Atualmente os grupos nômades são inseridos nos discursos da saúde, através de percepções como vulnerabilidade e risco, na tentativa de regularizar as práticas e as logicas que fogem àquilo que as políticas de saúde são capazes de supervisionar ou realizar. (OBJETIVO) Relatar a experiência vivenciada na realização de uma ação educativa em saúde nas instalações circenses. (METODOLOGIA) Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, o qual reproduz uma prática de educação popular em saúde direcionada à uma comunidade nômade, temporariamente instalada na cidade de Pau dos Ferros/RN no mês de junho de 2015 (RESULTADOS) Ao entrar em contato com a realidade vivenciada naquele ambiente, foi possível perceber que cada trailer era composto por uma família distinta, e neste sentido cada uma delas apresentava também necessidades diferentes. A partir deste reconhecimento observou-se uma necessidade em comum, os circenses ali residentes apresentavam os seus cadernos vacinais desatualizados. Neste sentido, foi realizada uma atividade educativa, na qual foram discutidas a importância da imunização e a relação de vínculo entre profissional e usuário na perspectiva de promoção e prevenção à saúde (CONCLUSÃO) As populações nômades convivem com a ausência de políticas públicas quem ultrapassem os muros das unidade básicas de saúde. A mobilidade vivenciada por estas pessoas gera um distanciamento do acesso aos serviços, prestados através da estratégia de territórios bem delimitados. Portanto, cabe aos profissionais de saúde perceber as famílias circenses muito além da beleza de seus espetáculos, e enxergar as suas necessidades relativas ao acesso.