Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
RELATO DE EXPERIÊNCIA: DICOTOMIA ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA NO ENSINO DA SEMIOLOGIA
Relatoria:
JAUDETE SILVA FRONTINO DE NADAI
Autores:
- Vanesa Teixeira Nascimento
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO. A prática docente para o profissional enfermeiro tem se tornado um grande desafio para aqueles que desejam caminhar rumo ao universo educacional. A semiologia constitui o âmago do curso de enfermagem, caracterizando-se como momento singular de construção de teoria/prática, capaz de preparar os enfermeiros para o cuidado humanístico. A aplicação prática das disciplinas tem sido alvo de discussão, uma vez que esta “prepara” o aluno para o mercado de trabalho. De acordo com Gondim & Cols (2003), o saber ser está relacionado com características pessoais que contribuem para a qualidade das interações humanas no trabalho e a formação de atitudes de auto desenvolvimento. O saber fazer se refere às habilidades motoras e o saber agir se aproxima da noção de competência, ou seja, capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes para o trabalho. OBJETIVO. Relatar as percepções enquanto docentes da devolutiva dos discentes quanto a não aplicabilidade da teoria/prática experenciada no espaço acadêmico, nos serviços de saúde. METODOLOGIA. O relato descritivo de experiência está concentrado no espaço acadêmico de uma instituição particular do Estado do Espírito Santo, realizado por duas professoras do Curso de Enfermagem, que ministram Fundamentos Técnicos e Semiológicos de Enfermagem I e II relativo aos últimos 05 semestres, quanto ao feedback dos alunos às atividades teóricas-práticas desenvolvidas no decorrer da disciplina e a não adoção dessas práticas no cotidiano dos serviços de saúde. RESULTADOS. Mediante nosso envolvimento com o ensino da prática de enfermagem na graduação, deparamo-nos com a dificuldade dos acadêmicos em aplicar a teoria à prática profissional. Por muitos anos, tentou-se embasamento teórico às práticas realizadas pela enfermagem, desse modo, hoje temos as teorias, e órgãos que garantem a cientificidade da profissão. É verificado que a não incorporação de um fazer científico reflete em práticas inadequadas e improvisadas. No entanto, o saber agir, é inerente ao profissional que por vezes tem abnegado essa capacidade de pensar de modo crítico, reflexivo e autônomo. CONCLUSÃO. Atualmente deparamo-nos com a resistência dos profissionais de enfermagem em modificar o seu fazer, seu agir e modo de ser. Enquanto educadores nosso maior desafio é incorporar no processo de ensino aprendizado “saber o que”, referente à noção teórica, com o “saber como”, desmistificando a dicotomia teórica - prática.