Introdução: A hanseníase, doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, representa atualmente um importante problema de saúde pública no Brasil, em virtude da sua incidência cada vez mais frequente na população e também por se tratar de uma doença incapacitante. Para tanto, faz-se necessário e de extrema importância que os profissionais de saúde desenvolvam ações que envolvam a busca ativa por casos de hanseníase. Objetivos: Esse estudo objetiva conhecer o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase em uma Unidade de Saúde da Família, localizada no Alto Sertão do Oeste Paraibano, na cidade de Cajazeiras – PB. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental com abordagem quantitativa, sendo que a coleta de dados realizou-se no mês de fevereiro do ano de 2014, mediante a análise dos 07 prontuários existentes na unidade de saúde, referentes aos pacientes diagnosticados com Hanseníase. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário semi-estruturado. O estudo foi conduzido com respeito às normas estabelecidas pela Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi aprovada conforme Parecer de número: 542.962, do Comitê de Ética em pesquisa da Faculdade Santa Maria – PB. Resultados e Discussão: Os resultados demonstraram que o perfil epidemiológico da hanseníase na referida Unidade de Saúde apresenta maior predominância de pacientes do sexo masculino, de 60 anos ou mais de idade e de cor parda, que em sua maioria recebem classificação operacional multibacilar, com a presença de reações hansênicas e espessamento neural. Os casos multibacilares são a principal fonte de transmissão da doença e apresenta forte relação com o comprometimento da qualidade de vida e a presença de certo grau de incapacidade física e reações hansênicas. Conclusão: Elucidar o perfil epidemiológico da hanseníase é uma forma de direcionar melhor as estratégias de prevenção e controle da doença. Esse trabalho traz a importante contribuição de produzir informações sobre a hanseníase na comunidade estudada, gerando subsídios para a produção de trabalhos mais abrangentes e aprofundados acerca do tema, ao mesmo tempo em que pode ser tomado como base para o planejamento de ações específicas voltadas para a educação em saúde junto aos familiares e portadores da doença, estimulando o autocuidado e a prevenção de agravos incapacitantes.