INTRODUÇÃO: O Brasil sofreu inúmeros processos de transição aumentando a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis. Dentre elas estão Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) gerando elevado número de mortes precoces e alto grau de incapacidade, suscitando a criação de um programa específico para cadastrar e acompanhar esse grupo: HIPERDIA. Entretanto o HIPERDIA foi substituído pelo e-SUS AB, facilitando a compilação das informações de cada indivíduo que até então estavam fragmentadas em diversos sistemas. OBJETIVO: Avaliar, através da Vigilância Epidemiológica, a importância dos dados do E-Sus AB para elaboração de estratégias de controle e prevenção da HAS e do DM. METODOLOGIA: Relato de experiência de atividades realizadas por acadêmicos, preceptores e tutor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, no setor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do município de Petrolina-PE. Analisadas 343 fichas de pacientes cadastrados no anterior programa HIPERDIA de um determinado bairro do município de Petrolina-PE. O trabalho foi iniciado através da digitação das fichas num banco de dados. Utilizado o programa EPI-info versão 3.5.2. Projeto aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados encontrados foram comparados com aqueles contidos no DATASUS a fim de verificar o perfil dos usuários, prevalência dos agravos cardiovasculares e o status de alimentação dos dados. Encontradas fichas com informações incompletas, repetidas e contraditórias. Ausência de especificidades do tratamento medicamentoso, da medida da pressão arterial e da glicose. A omissão destes dados poderá falsear o perfil epidemiológico da comunidade, afetando a implementação de estratégias terapêuticas adequadas para a realidade da população atingida. Cada um desses itens é levado em conta no momento de construção de metas e ações. CONCLUSÃO: Assim, percebeu-se a importância de um sistema de armazenamento dos dados referentes à DM e HAS, facilitando o trabalho da vigilância epidemiológica em parceria com a atenção básica, além de contribuir na identificação do perfil epidemiológico e situação de saúde da comunidade.