(INTRODUÇÃO) A assistência pré-natal adequada, com a detecção e a intervenção precoce das situações de risco, dentre outros aspectos, são os grandes determinantes dos indicadores de saúde relacionados à mãe e ao bebê que têm o potencial de diminuir as principais causas de mortalidade materna e neonatal. A sífilis na gestação requer intervenção imediata, para que se reduza ao máximo a possibilidade de transmissão vertical. (OBJETIVOS) Assim, este estudo tem por objetivo conhecer as razões que favorecem as gestantes a não terem o diagnóstico de sífilis no pré-natal e, mais especificamente, identificar se ocorre diagnóstico eficaz ainda no primeiro trimestre, no que se refere ao acompanhamento na atenção básica, a partir das gestantes recebidas para assistência ao parto na maternidade de referência para a região do Trairí Potiguar. (METODOLOGIA) Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliadas individualmente a ficha de notificação do Sistema e Informação de Agravos de Notificação e em seguida análise dos prontuários a fim de identificar aspectos relacionados ao pré-natal, ao diagnóstico de sífilis na gestante e no neonato e o tratamento. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. (RESULTADOS) Participaram deste estudo 46 puérperas, que fizerem o parto no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), entre março de 2013 a junho de 2015, e que tiveram diagnóstico de sífilis confirmado. Observou-se que 30.42% tiveram o diagnóstico de sífilis confirmado durante o pré-natal, 6.52% foram diagnosticados somente quando deram entrada no serviço de saúde hospitalar materno-infantil para o parto, 2.17% não realizaram o pré-natal, 10.86%. das mulheres atendidas não localizamos o prontuário, 50% delas não possuía os dados que estamos a procura. Ressalta-se, também, que a maioria dos parceiros (36,95%) ignoraram o tratamento, 8,69% foram tratados, 56,52% das puérperas deram início o tratamento quando internadas no serviço, os recém-nascidos teve seus tratamentos concluído (CONCLUSÃO) Fica clara a importância da realização do pré-natal e do diagnóstico precoce da sífilis, bem como do seu tratamento. Ressalta-se também a posição central que a Estratégia de Saúde da Família possui no diagnóstico precoce, tratamento da gestante e de seu parceiro. Depois de instalada a sífilis congênita, constatou-se que os recém-nascidos, analisados nesta pesquisa, tiveram seus tratamentos concluídos.