Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE “DESMEDICALIZAÇÃO” DO PARTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Relatoria:
FLAVIANA PEREIRA DA SILVA
Autores:
- KELLE KAROLINA ARIANE FERREIRA ALVES
- MARIA INES BORGES COUTINHO
- MIKAEL LIMA BRASIL
- VANJA MELO SOUSA
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A assistência ao parto se destaca no mundo por ainda ser um ato medicalizado marcado por intervenções. Uma ação fisiológica passada a ser vista como patológica pela sociedade. Logo, a enfermagem surge nesse cenário como uma alternativa de uma assistência qualificada com intervenções de um profissional habilitado para assistir e acolher. OBJETIVO: Refletir, dentro da literatura, as ações de enfermagem obstétrica frente ao processo de “desmedicalização” do parto. METODOLOGIA: Desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica, exploratória, com abordagem quantitativa na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) entre os dias 11 a 14 de Julho de 2015. Utilizaram-se os descritores “parto humanizado” AND “enfermagem obstétrica” AND “parto normal”, selecionando trabalhos entre 2007 a 2013, o que resultou em 56 trabalhos que passaram por leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos os que não condiziam com o objetivo, os cenários de pesquisa que não eram localizados no Brasil, os que se apresentavam-repetidos e que não estavam disponíveis em texto completo. Assim, teve-se uma amostra de 11 trabalhos. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado que continha diversas questões; a citar região do país, ano de publicação e temática RESULTADOS: Percebeu-se uma maior prevalência de estudos publicados sobre a temática na região Sudeste do país com 55%, seguida da região nordeste e centro-oeste cada uma com 18%. Na amostra, os anos que possuíram mais publicações foram 2007 e 2010 com 27,3% de publicações cada. As temáticas encontradas com maior frequência foram “Praticas de enfermagem na assistência ao parto desmedicalizado”, com 45,5%, e “Parto humanizado” com 23,3%. Assim, pode-se perceber que a enfermagem é notada por intervenções voltadas para o cuidado e acolhimento. CONCLUSÃO: Não se pode negar que a tecnologia e os estudos científicos têm proporcionado avanços inquestionáveis na qualidade da assistência obstétrica. É necessário entender que “desmedicalizar” não significa a exclusão do profissional ou de práticas médicas da assistência, mas eliminar o pensamento e julgamento clínico-médico como única alternativa para entender a parturição. Portanto, a enfermagem pode ser um instrumento de transformação capaz de lançar mão de estratégias para transformar o ambiente em que atua.