INTRODUÇÃO: A associação das doenças crônicas Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) resulta em elevados índices de morbimortalidade, e quando se trata de idosos, os índices são ainda maiores tendo em vista que com o passar dos anos o corpo já não consegue responder de maneira eficiente ao seu sistema fisiológico. A hipertensão juntamente com o diabetes acarreta ao idoso grande risco de Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do Miocárdio e diminuição da qualidade de vida desse idoso, sendo o sedentarismo, a alimentação e o estilo de vida as principais causas de desenvolvimento de ambas as patologias. OBJETIVOS: Verificar a prevalência de idosos hipertensos e com diabetes no estado da Paraíba no período de 2010 a 2013. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa quantitativa, descritiva, transversal e retrospectiva, utilizando-se como fonte de informação dados secundários contidos no Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos do Ministério da Saúde (HIPERDIA/DATASUS).RESULTADOS: No período estudado foram notificados 43.495 casos, sendo que 7.573 (100%) ocorrem em idosos. Dentre estes, houve predominância do sexo feminino, com 5.037 (66,51%) casos em todas as faixa etária analisadas. Quanto a distribuição por faixa etária, averiguou-se que entre 60 e 69 anos, 2.618 (34,57%) era do sexo feminino e 1.386 (18,30%) masculino, entre 70 a 79 anos 1.690 (22,31%) é do sexo feminino e 826 (10,90%) masculino, acima de 80 anos 729 (9,62%) era do sexo feminino e 324 (4,27%) masculino. Em relação a condição física desses indivíduos, foi identificado que 2.052 (27,0%) encontravam- se em sobrepeso e classificados como sedentários, 1.860 (24,5%) eram fumantes, 241 (3,18%) apresentavam amputação de membros decorrentes de complicações do diabetes e 627 (8,27%) apresentaram infarto agudo do miocárdio como consequência da HAS. CONCLUSÃO: Observa-se que a prevalência de casos notificados de hipertensão com diabetes no estado da Paraíba é elevada, tendo maior incidência sobre a população idosa, o que torna imprescindível o incentivo para a mudança de estilo de vida com ações de prevenção e controle da doença e de suas complicações, através da prática de atividades físicas assim como a oferta de intervenções educativas e incentivo ao autocuidado, como a necessidade de recursos humanos capacitados e financeiros para o tratamento destas doenças que tendem a se instalar de forma silenciosa, gerando incapacidades e limitações.