INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos pediátricos surgem como uma prática humanística para minimizar o sofrimento de crianças sem possibilidades terapêuticas de cura e sua família contemplando- as em seus aspectos biopsicossociais e espirituais. O câncer infantil traz repercussões que fragilizam e vulnerabilizam à criança e sua família de maneira intensa, causando-lhes medo, tristeza e incerteza o qual são agravados quando mãe e criança, que residem em localidades distantes do hospital, não tem um local adequado para o descanso durante o tratamento. Nesse contexto, a Casa de Apoio à criança com câncer vem acolher e prestar a assistencial social necessária à criança e sua família de forma a humanizar o cuidado e minimizar o estresse gerado pela hospitalização, proporcionando-lhes assim uma melhor qualidade de vida. OBJETIVO: Investigar os depoimentos de crianças com câncer sob cuidados paliativos a respeito de suas experiências em uma casa de apoio. METODOLOGIA: Estudo de campo de natureza qualitativa do qual participaram onze crianças. A coleta de dados ocorreu no Núcleo de Apoio à Criança com Câncer, localizado na cidade de João Pessoa – (PB) durante o período de junho a setembro de 2013, após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o protocolo Nº. 0206/13 e CAAE: 15750313.1.0000.5188. Considerou-se as Diretrizes e Normas Regulamentadoras da pesquisa com seres humanos, dispostas na Resolução 466/2012. Para a coleta de dados utilizou-se a técnica do desenho história, onde os depoimentos foram identificados por cores, escolhidas pelas próprias crianças de modo a manter o anonimato das mesmas. A análise se deu por meio da técnica análise de conteúdo e à luz da literatura pertinente. RESULTADOS: Da análise do material empírico emergiram duas categorias: o vínculo afetivo entre os voluntários da casa e as crianças e importância da atenção ao não-verbal da criança. CONCLUSÃO: A Casa de Apoio promove um cuidado individualizado e holístico à criança com câncer sob cuidados paliativos e a sua família, uma vez que estas necessitam de uma assistência pautada na boa comunicação, com atendimento às suas necessidades biopsicossociais e espirituais, a fim de se alcançar um cuidado humanizado, que promova a relação de vínculo afetivo, tanto para os voluntários da Casa de Apoio quanto para a criança e seus familiares.