Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO NUTRICIONAL DE POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DO SEMIÁRIDO BAIANO
Relatoria:
KETLEN MILENA MOREIRA DUARTE
Autores:
- Jéssica de Carvalho Santos
- Larissa Rocha de Oliveira Simões
- Ananda Ariane Januário do Nascimento
- Rosane Silvia Davoglio
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A condição nutricional da população brasileira é influenciada por diversos fatores que se apresentam de forma diferente entre as regiões. Além disso, disparidades nas condições de vida entre populações rural e urbana influenciam diretamente o estado nutricional. Objetivo: Avaliar a condição nutricional de populações ribeirinhas do semiárido baiano. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo inquérito epidemiológico, realizado em três municípios baianos: Casa Nova, Remanso e Sobradinho. Os dados foram obtidos por meio de aplicação de questionário desenvolvido para a pesquisa e aferição de dados antropométricos. A população do estudo foi constituída por 141 ribeirinhos, pescadores e piscicultores, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram analisados por estatística descritiva, no software Stata 9.0. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (82,27%), cor parda (56,74%) e casados (40,43%). A idade média foi de 41,04 anos, sendo que a maior proporção tinha mais de cinco anos de estudo (48,94%) e renda média de 876,30 reais. A amostra apresentou 18,44% de adequação nutricional (eutrofia), 7,80% de baixo peso, 44,68% de sobrepeso e 29,08% de obesidade. Entre os homens constatou-se maior prevalência de sobrepeso (48,0%) e eutrofia (28,0%) e entre as mulheres maior prevalência de obesidade (31,03%) e baixo peso (8,62%). Quando comparado IMC e nível de escolaridade, foi observada prevalência crescente de eutrofia conforme o nível de escolaridade aumentava (sem escolaridade 0,0%; até 5 anos 12,50%; maior que 5 anos 26,09%); em consonância, a prevalência de obesidade foi menor entre aqueles com maior escolaridade, (sem escolaridade 37,50%; até 5 anos 31,25%; maior que 5 anos 26,09%). Conclusão: O resultado acompanha o processo de transição nutricional observado no Brasil, com menores taxas de baixo peso. Isto reflete a melhora nas condições de renda, alimentação e acesso a serviços de saúde, em uma região historicamente marcada por alta prevalência de baixo peso e desnutrição. Entretanto, as elevadas taxas de sobrepeso e obesidade observadas alertam para necessidade de ações de promoção de saúde que valorizem a prática regular de atividade física e dieta equilibrada, destacando o papel da educação nesse contexto.