INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, lançada em 2009 pelo Ministério da Saúde (MS), tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, em resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. Diante dos dados em relação à morbimortalidade masculina e mais especificamente relativos ao câncer de próstata, entende-se que essa iniciativa constitui um marco em relação à saúde do homem e certamente resultará em avanços significativos nesse sentido. OBJETIVOS: Descrever a vivência de ações de educação em saúde desenvolvidas pelo Grupo de Estudos sobre saúde do homem da Universidade Federal do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de docentes da Universidade Federal do Piauí, que consiste em descrever suas práticas e contribuições realizadas durante aulas práticas do curso de enfermagem na cidade de Bom Jesus, que aconteceu durante a Semana de atenção à Saúde do Homem “outubro azul”, em 2014, com o intuito de contribuir para a implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. RESULTADOS: Observou-se que os principais fatores que determinam o risco de desenvolvimento do câncer de próstata não são bem conhecidos pelos homens atendidos na atenção primária em município piauiense. Dentre esses principais fatores de risco destacam-se a idade avançada, origem negra e hereditariedade. Observou-se que os fatores nutricionais citados pelos pacientes podem influenciar potencialmente o desenvolvimento da doença incluem o total de energia consumida (refletida através do índice de massa corporal), dieta rica em gordura animal, carne vermelha, cálcio, gorduras e leite. Foram identificados outros fatores como o tabagismo e o etilismo, também passíveis de influenciar potencialmente o desenvolvimento do câncer de próstata. CONCLUSÃO: Foi possível observar importantes déficits de autocuidado nesta clientela, que têm implicações na determinação dos altos índices de morbidade e mortalidade nos homens, exigindo, ações concretas e eficazes dos gestores, profissionais e das instituições de ensino, com vistas à inclusão mais efetiva desse segmento populacional nos serviços de Assistência Primária à Saúde.