Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome clínica heterogênea caracterizada por anormalidades no metabolismo de glicídios, lipídeos e proteínas, em que a elevação do nível glicêmico no sangue é o fator de maior repercussão para o ser humano, o que pode acarretar complicações micro e macrovasculares. Além destes fatores fisiopatológicos, existem evidências que apontam elementos sociais como também predisponentes a amputação, como exemplo, a escolaridade menor que 4 anos, renda familiar menor que 1 salário mínimo e mais de duas pessoas no mesmo domicílio. Mediante a abordagem do tema, é de suma importância o estudo sobre o mesmo, visto que se identificam meios tanto de promoção quanto prevenção dos agravos junto ao paciente para que não se desenvolvam complicações graves como a perda de um membro. Objetivos:Identificar a prevalência de usuários diabéticos insulinodependentes que sofreram amputações não traumáticas e Verificar fatores de risco que predisponham a ocorrência de amputações não traumáticas em usuários diabéticos insulinodependentes. Metodologia:Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem quantitativa, realizada em Unidades de Saúde da Família (USF´s) de João Pessoa, tendo amostra composta de 45 usuários.Para viabilizar a coleta de dados do estudo, foi utilizado um formulário contendo questões objetivas e subjetivas pertinentes aos objetivos propostos. Resultados: No que se refere ao acometimento físico que os usuários sofreram e vêm sofrendo, observou-se que do total de 45 usuários (100%), 15 (33,3%) apresentam sinais de neuropatia periférica, 4 (8,8%) apresentam amputação de membros inferiores e 3 (6,6%) apresentam úlceras nos membros inferiores. Dos 45(100%) usuários entrevistados, 7 (15,5%) são analfabetos, 27 (60%) tem ensino fundamental incompleto, 2 (4,4%) tem ensino fundamental completo, 2 (4,4%) tem ensino médio incompleto, 6 (13,3%) tem ensino médio completo e apenas 1 (2,2%) tem ensino superior completo. Dos 45, 2 (4,4%) recebem menos de um salário mínimo, 31(68,8%) recebem de 1 a menos de 2 salários mínimos, 9 (20%) recebem de 2 a menos de 3 salários mínimos e apenas 3 (6,6%) recebem mais de 3 salários mínimos. Conclusão: A amputação não traumática no usuário diabético gera conflitos físicos, emocionais e sociais. Portanto, o enfermeiro tem um papel fundamental na manutenção da saúde e qualidade de vida desses usuários, com ações de promoção à saúde e prevenção de agravos, assim como apoio aos familiares.