LogoCofen
Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
INTERNAÇÕES HOSPITALARES E ÓBITOS EM CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM DENGUE GRAVE
Relatoria:
AMANDA FERNANDES MACHADO
Autores:
  • NATHÁLIA ELLEN MAIA NUNES
  • ARYDYJANY GONÇALVES NASCIMENTO
  • MIKE DOUGLAS LOPES FERNANDES
  • ÁLISSAN KARINE LIMA MARTINS
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução. Segundo novas orientações dadas pelo Ministério da Saúde em 2014, a dengue grave tem um caráter de emergência por apresentar sinais de choque, sangramento intenso e/ou comprometimento grave de órgãos. De acordo com os casos registrados no DATASUS, a Região Nordeste se destaca em relação ao número de óbitos em crianças de 0-9 anos de idade nos últimos cinco anos, apesar da criação do Plano Nacional de Controle da Dengue em 2002. Assim, vê-se a necessidade de análise da mortalidade e morbidade relacionada à dengue grave a fim de redirecionar as ações implementadas na rede de atenção em saúde. Objetivo. Investigar a prevalência de internações hospitalares em caráter de urgência e óbitos em crianças de 0 a 9 anos diagnosticados com dengue na Região Nordeste do Brasil. Metodologia: Estudo ecológico, de base populacional, com dados do DATASUS/TabWin, base populacional do Senso 2010. O período considerado para coleta de dado foi fevereiro de 2010 a fevereiro de 2015. Para análise, utilizou-se estatística descritiva, incluindo a média como medida de tendência central e a proporção. Resultados: No período considerado, foram registradas no Brasil 2.959 internações hospitalares de crianças na faixa etária de 0-9 anos em decorrência da febre hemorrágica devido à dengue grave, sendo que 2,3% (69) destes pacientes internados vieram a óbito. Na Região Nordeste, foram registradas 1.890 internações, com maiores números nos Estados de Pernambuco (637), Bahia (356) e Rio Grande do Norte (307). Dentre os óbitos, a Região Nordeste obteve maior prevalência, com 40,6% (28 óbitos) destacando-se os estados de Pernambuco, Ceará e Maranhão. Foi revelado que houve um grande número de internações hospitalares e óbitos na Região Nordeste decorrente da dengue grave. Podem estar relacionados como fatores envolvidos: a deficiência e a fragilidade da vigilância epidemiológica, as condições socioeconômicas da população, o clima tropical da Região Nordeste favorável a proliferação do mosquito, o despreparo dos profissionais no diagnóstico e o não cumprimento das metas do Plano Nacional de Controle da Dengue e pouca fiscalização e incentivo educacional por parte da gestão Conclusão: Portanto faz-se necessário a partir desses dados medidas de sensibilização da população para controle da doença, bem como incentivo a educação permanente para os profissionais, garantindo o registro adequado dos casos, o diagnóstico adequado de forma precoce e a diminuição do número de óbitos.