Introdução: A doença arterial coronariana representa a principal causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Apesar dos fatores de riscos para a doença coronariana serem semelhantes entre os sexos, observa-se algumas diferenças entre homens e mulheres. Nas mulheres, o risco dessa doença aumenta com a idade e apenas metade da população tem conhecimento da doença e seus fatores de risco. Objetivos: Verificar o conhecimento de mulheres coronariopatas acerca da doença arterial coronariana. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada com mulheres atendidas no ambulatório de cardiologia de um Hospital Universitário da Cidade de São Luís-Maranhão, referência para os procedimentos de alta complexidade em cardiologia. Os dados foram coletados no período de janeiro a abril de 2014 por meio de entrevista gravada e para o tratamento dos dados utilizou-se a metodologia da análise de conteúdo de Bardin. Respeitou-se todos os princípios éticos para a pesquisa, sendo um subprojeto que recebeu aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto sob o nº 293.900/ 2013. Identificou-se como uma categoria significativa o “Conhecimento da doença arterial coronariana”. Resultados: Em relação ao perfil sociodemográfico das participantes, 5 (33,3%) das mulheres possuíam entre 65 a 74 anos, idade média de 63,46 anos e 8 (53,3%) possuíam o ensino fundamental incompleto. Em relação às comorbidades, 14 (93,3%) das mulheres apresentavam hipertensão arterial e 8 (57%) o diabetes. Apesar das participantes reconhecerem que sofreram um evento cardíaco, como o infarto agudo do miocárdio, a maioria apresentou dificuldade em compreender a doença cardíaca, relacionada principalmente ao conceito, etiologia e sintomatologia. Conclusão: O desconhecimento sobre a doença coronariana reflete a necessidade de busca por estratégias que visem orientações sobre a doença. Deve-se considerar a perspectiva das mulheres quanto às manifestações da doença cardíaca para oferecer uma nova oportunidade de planejar estratégias de promoção da saúde, identificação dos fatores de risco, redução das complicações e mudanças de hábitos de vida.