INTRODUÇÃO: O Tétano Neonatal (TNN) é uma doença não contagiosa, causada por uma bactéria do gênero Clostridium tetani, que acomete os recém-nascidos nos primeiros 28 dias de vida. O TNN está relacionado às baixas condições socioeconômicas e culturais e as características dos serviços de saúde, acessíveis ou não aos indivíduos, onde alguns locais não dispõem de serviços obstétricos e pré-natais, favorecendo o acometimento do tétano em recém-nascidos. OBJETIVO: Explanar sobre os cuidados de enfermagem diante do tétano neonatal, favorecendo a reflexão sobre a importância de um maior cuidado e a formulação de ações de prevenção. METODOLOGIA: Estudo bibliográfico e qualitativo, exploratório-descritivo, em que foram consultados artigos, periódicos, tese de doutorado, livros e documentos eletrônicos. Inicialmente foi feita uma busca exaustiva dos estudos, e, posteriormente, uma leitura na íntegra dos achados, para então selecioná-los para participar da pesquisa. A seleção do material se deu através da atualização do tema a ser tratado no artigo, por meio da literatura pertinente. RESULTADOS: O quadro clínico do tétano neonatal tem início entre 5 a 13 dias após a contaminação da superfície de corte do cordão umbilical, podendo ser caracterizado por sinais e sintomas específicos, como, dificuldade para mamar, abrir a boca, irritabilidade, choro constante, contratura labial, contraturas musculares de membros do abdome e rigidez da nuca. O diagnóstico é eminentemente clínico e/ou clínico-epidemiológico. Ao tratamento, a enfermagem deve se atentar para o esquema vacinal da criança e adotar medidas que contribuam para a cura do paciente, diminuindo a morbidade e a letalidade causada pela doença. A prevenção de tal patologia, por sua vez, ainda não é tão eficaz na prática tendo em vista a falha em algumas vezes, por parte dos enfermeiros, na busca ativa e rastreio das gestantes quanto ao acompanhamento pré-natal e imunização antitetânica. CONCLUSÃO: É imprescindível que a enfermagem dê maior atenção à prevenção do TNN, propondo estratégias para reforçar a importância de que todas as gestantes devem ser cadastradas e acompanhadas durante o pré-natal e puerpério, para que sejam desenvolvidas ações de prevenção, entre elas a vacinação antitetânica e a visita domiciliar, para possibilitar o bom desenvolvimento da gravidez, do parto e o acompanhamento do recém-nascido.