INTRODUÇÃO: Os estudos e discursos interpretativos sobre a temática da violência tiveram ênfase a partir dos anos 80. E foi nesta década que se consolidou uma melhor interpretação social das relações que merecem ser designadas como violência. Em contrapartida, quanto mais visível o fenômeno, maior os desafios que surgiam como forma de explicar as teorias sociais da violência. OBJETIVO: analisar a produção científica da América Latina e Caribe, envolvendo a violência, ferimentos e traumatismos, publicados no período de 2010 a 2014 nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), indexado na Biblioteca Virtual em Saúde. METODOLOGIA: revisão integrativa realizada nos últimos 05 anos (2010 a 2014), por meio dos bancos de dados da LILACS, utilizando como descritores: “violência” e “ferimentos e traumatismos”. Os critérios de inclusão dos artigos para esta revisão apontam para estudos sobre a temática estudada publicados no período de 2010 a 2014, em línguas inglesa, portuguesa e espanhola, em forma de texto completo ou resumo. Para coleta dos dados utilizamos um protocolo contendo informações sobre os dados que respondessem as questões da pesquisa. Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva. RESULTADOS: Neste sentido, encontrou-se um total de 18 artigos no LILACS, onde todos foram selecionados após refinamento. Desse total (18), 06 (33,3%) foram publicados no ano de 2011; 14 (77,8%) utilizaram o tipo de estudo descritivo; 12 (66,7%) das publicações tiveram como abordagem o método quantitativo como melhor forma de notificar os ferimentos e traumatismos decorrentes da violência; mais disponíveis em forma de texto completo 13 (72,2%); 9 (50,0%) estavam disponíveis na língua espanhola; como fator causador dos ferimentos e traumatismos destacou-se as violências ocorridas no trânsito (27,8%); tendo-se o Brasil (50,0%) como o país que mais publicou nesses últimos 5 anos. CONCLUSÕES: Conclui-se, portanto, que é prioritário dar continuidade à realização de investigações nessas temáticas e, ao mesmo tempo, investir no desenvolvimento de pesquisas direcionadas aos aspectos clínicos da gravidade das lesões provocadas pela violência, contribuindo para um melhor preparo dos profissionais de saúde que atuam no atendimento de saúde a essas vítimas.