INTRODUÇÃO: A criança em tratamento quimioterápico está frequentemente exposta a situações que geram medo e ansiedade, pois há um rompimento de sua rotina. Assim, as atividades lúdicas se apresentam como um instrumento capaz de minimizar esses agravantes, contribuindo para transformar um ambiente “até então” sombrio em um lugar onde a criança consiga utilizar a imaginação para expressar seus sentimentos e se aproximar do seu ser criança. OBJETIVO: relatar a experiência de profissionais e discentes de enfermagem no processo de desenvolvimento de contação de histórias em um serviço de quimioterapia ambulatorial infantil. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência mediante a participação no projeto “Rodas de sonho e imaginação: contando histórias em um serviço de quimioterapia ambulatorial infantil”, desenvolvido a partir do mês de junho de 2014 com término em fevereiro de 2015. RESULTADOS: A experiência relatada está relacionada com uma das contações de histórias que foram realizadas durante o desenvolvimento do projeto. A princípio fomos preparadas para realizar a contação da história da “princesa que nunca sorria”, como também levamos alguns livros infantis para as crianças escolherem as histórias. Após o término da contação fomos surpreendidas por uma criança que pediu para contar a história dos três porquinhos. A criança pegou o livrinho e começou a história, vale ressaltar que a mesma não sabia ler, mas realizou a contação ressaltando que os três porquinhos foram ao hospital para “tomar injeção”, porque os porquinhos tinham desobedecido a sua mãe e mereciam ser castigados no hospital. Através da contação percebemos o quanto as crianças expressam nas histórias sua trajetória, exaltando o que passam todos os dias em tratamento quimioterápico. Ressalta-se a importância de ações lúdicas que contemple o ser criança em sua plenitude, como a contação de histórias, que demonstra ser um instrumento importante para o cuidar de crianças oncológicas. Para os participantes da contação foi uma vivência sublime, pois percebemos o quanto precisamos modificar nossas práticas. CONCLUSÃO: Podemos perceber que o cuidar é transformador e se dá através de momentos que é possível trocar de papéis e, mergulhar inteiramente no espaço do outro, reconhecendo que somos seres de cuidados.