Introdução: No Brasil, à ocorrência da gravidez na adolescência vem apresentando índices preocupantes tornando-se um desafio para os profissionais da saúde, cerca de um milhão de adolescentes engravidam por ano e esse número continua crescendo, entre as complicações da gestação na adolescência encontra-se o abortamento, essa intercorrência obstétrica destaca-se como um evento que pode ter não só consequências físicas, mas também psicológicas. Objetivo: analisar sentimentos de mães adolescentes que vivenciaram a experiência do aborto. Metodologia: trata se de uma revisão integrativa, para sua elaboração foi realizada busca na base de dados LILACS, a partir dos descritores: aborto, maternidade e adolescência. A pesquisa se deu via formulário iAH aplicando o filtro operadores boleanos "and'. Identificou-se 32 artigos, após refinamento foi feita leitura minuciosa na íntegra dos 10 artigos selecionados e ao final da seleção apenas seis obedeceram aos critérios de inclusão estabelecidos para análise dos artigos, os mesmos foram apresentados em um quadro segundo: autor, ano, objetivo, metodologia, tipo de aborto, local de pesquisa, sentimentos identificados e revista publicada. Resultados: As experiências relatadas nos estudos analisados mostraram que as adolescentes reconhecem o amadurecimento biológico, o que as expõe à gravidez seja ela desejada ou não e suas consequências as quais poderá se refletir em várias esferas de sua vida tendo a gestação relatada como um evento não planejado, acreditando-se ser esta uma das principais causas para que ocorra o aborto. Conclusão: As experiências das adolescentes no decorrer de todo o processo de gestação e abortamento proporciona sentimentos de dúvida, ansiedade, medo, negação e desamparo, devendo os mesmos não serem analisados como um evento isolado, mas sim dentro de um contexto amplo que despertem a preocupação de familiares e profissionais da saúde.