Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
DOENÇAS CRÔNICAS EM ENFERMEIRAS QUE ATUAM EM HOSPITAIS GERAIS
Relatoria:
RAQUEL DE SOUSA SALES SANTOS
Autores:
- Claudia Teresa Frias Rios
- Abelina de Jesus Paozinho Ericeira
- Raissa Sousa Medeiros
- Francisca Jade Lima de Andrade Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
O trabalho hospitalar é intensivo, mesmo que ocorra a incorporação de novas tecnologias não há economia da força de trabalho. As enfermeiras podem ser acometidas por doenças crônicas, que apresentam uma história natural longa e pluralidade de fatores de risco. O objetivo deste estudo é caracterizar as doenças crônicas referidas pelas enfermeiras que atuam nos Hospitais Gerais de São Luis-MA. Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa – recorte do estudo intitulado “A saúde de quem cuida: a qualidade de vida das enfermeiras dos Hospitais Gerais de São Luís – MA” – desenvolvida em hospitais que estão classificados na descrição Hospital Geral, conveniados ao SUS de acordo com o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde. Participaram da pesquisa 44 enfermeiras. Para a coleta de dados, realizada de janeiro a março de 2014, utilizou-se um questionário estruturado com perguntas múltiplas. Os resultados evidenciaram que a maioria das enfermeiras se encontravam entre 40 e 49 anos (36,4%), eram pardas (59,1%), casadas (50,0%), com 1 a 2 filhos (40,9%), com especialização (88,6%), que trabalham nas instituições pesquisadas há mais de 10 anos (81,8%), desempenham atividade assistencial (50,0%), sendo a UTI o setor com mais relatos (18,2%), turno matutino (43,2%), carga horária semanal na instituição de 30 horas (63,6%) e com outro vinculo empregatício (56,80%). Quanto às doenças crônicas, obteve-se as osteomusculares (45,90%); cardiovasculares (43,30%) representadas pela hipertensão arterial; distúrbios endócrino-metabólicos (15,90%) destacando o diabetes mellitus; doenças do sistema nervoso (13,80%); do respiratório (6,90%); entre outras (11,50%). O recurso procurado para tratamento da doença foi a consulta médica (95,5%). Em relação ao afastamento do trabalho afirmaram poucas vezes (36,4%). O tempo de diagnóstico encontrado foi entre 4 e 6 anos (34,1%). Os principais fatores que contribuíram para o adoecimento foram os antecedentes familiares (38,6%) e a jornada de trabalho excessiva (25,0%). Para prevenir complicações da doença as consultas regulares tiveram o mesmo percentual que as mudanças na alimentação e atividade física (36,4%). Ressalta-se ainda que 86% das enfermeiras têm familiares com doenças crônicas. Infere-se que a saúde das enfermeiras que atuam nos hospitais gerais de São Luis está prejudicada, tendo em vista as condições de trabalho no ambiente hospitalar a que estão expostas e ao histórico mórbido familiar.