A enxaqueca é um complexo de sintomas descritos por crises periódicas e recorrentes de cefaleia moderada a intensa que piora com esforço físico. A sua fisiopatologia ainda não está completamente esclarecida, mas a vaso dilatação das artérias e a inflamação neurogênica podem ser os principais responsáveis pela dor. Possui causas multifatoriais não tendo dia e nem hora para surgir e nem para cessar e possui forte tendência familiar. A incidência é em torno de 12% a 20% e a época típica de início é a puberdade e acomete mais as mulheres (18%) que os homens (6%). Ocorre mais na faixa etária de 20 a 45 anos, época em que o indivíduo se encontra em alta produção no trabalho. Este estudo tem como objetivo promover, através de uma revisão de literatura, uma melhor compreensão do que é a enxaqueca, os impactos causados pela doença e a assistência prestada a esse migranoso na atenção primária. Para tanto utilizou- se do método de revisão de literatura. A coleta de dados procedeu-se a partir de produções científicas encontradas nas bases de dados Google acadêmico, Lilacs e Scielo, BVS, Revista eletrônica de enfermagem, no período de fevereiro de 2012 a abril de 2015. Utilizou-se como descritores: enxaqueca, atenção primária, cefaleia. Fizeram parte do corpo do trabalho 21 produções científicas associadas a 10 obras literárias de posse pessoal que abordam a temática, publicados no período de 2000 a 2013. Os resultados apontam que é a enxaqueca é um distúrbio neurovascular que pode durar de 4 a 72 horas, possui alta incidência, grandes perdas, altos custos socioeconômicos, elevado potencial de cronificação, significativo impacto individual, social, profissional, psicológico e familiar além da redução na qualidade de vida. A enxaqueca se apresenta subdiagnosticada e subtratada devido a falta de conhecimento da doença pelo migranoso que deixa de narrar eventos importantes que facilitariam o diagnóstico, à automedicação e ao aumento progressivo das doses de medicamento em busca do alívio imediato, o que impede o migranoso de procurar e receber a assistência adequada. A prevenção envolve a orientação do paciente em relação aos fatores desencadeantes, possíveis alterações nos hábitos ou estilo de vida e medidas farmacológicas. Os cuidados durante uma crise são baseados em medidas de conforto e tratamento sintomático. Neste sentido o enfermeiro tem papel importante no ensino do migranoso e família além da promoção da autoconfiança nas atividades diárias e sociais.