A sífilis congênita apesar de ter cura, tratamento fácil e baixo custo, ainda é um grande problema de saúde pública principalmente em países em desenvolvimento, especialmente no Brasil. Apesar das várias iniciativas implementadas com vistas à redução da transmissão vertical da sífilis O presente estudo tem como objetivo verificar se para microrregião de João Pessoa o Plano de Diretrizes para Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV, da Hepatite B e da Sífilis do Ministério da Saúde tem se aproximado das metas pactuadas no que se refere aos casos de sífilis congênita no período de 2008 a 2014. Como também analisar espacialmente os casos de sífilis congênita no mesmo período para a área em estudo. Para analisar os casos de sífilis congênita de forma espacial na Microrregião de João Pessoa o estudo compreendeu as seguintes etapas: (I) Aquisição e processamento dos casos de sífilis congênita obtido do banco de dados DATASUS; (II) Aquisição de bases geográficas da área de estudo; e (III) Análise multitemporal dos resultados por meio da integração entre as informações obtidas. Foi observada a tendência de crescimento dos casos de sífilis congênita na microrregião de João Pessoa - PB entre os anos de 2008 e 2014. Observa-se que o período compreendido entre os anos de 2008 e 2011 as ocorrências foram inferiores a 20 casos por ano, entretanto a partir de 2012 o acumulado anual supera 40 casos registrados. Destaca-se ainda a representatividade da localidade de João Pessoa no contexto regional, tendo em vista que ao logo da série analisada a mesma apresentou mais de 70% dos registros, com maior número de registros observados no ano de 2014. Logo, pode-se concluir que as ações implementadas com vistas à redução da transmissão vertical da sífilis para a microrregião de João Pessoa, não vem apresentando o resultado esperado. Talvez, pela necessidade de uma maior sensibilização e ajuste nos processos e intervenções necessárias dos principais atores envolvidos em todo o processo. Sendo necessário ações mais conscientes, críticas e claras de avaliação por localidade. E a o uso do geoprocessamento demonstrou ser uma ferramentas útil para a tomada de decisão, diante da relevância da vigilância da sífilis durante a gestação no campo da saúde pública e da necessidade de se conhecer a realidade de cada local.