INTRODUÇÃO: A sífilis gestacional possui diagnóstico simples e tratamento, porém ainda apresenta uma alta prevalência, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento. Foi incluída como uma doença de notificação compulsória, por sua prevalência alarmante e elevada taxa de transmissão vertical, a qual pode variar entre 30 e 100% sem o tratamento ou com tratamento inadequado. Ressalta-se que em aproximadamente 40% das infecções intra-uterinas não tratadas ocorre o aborto espontâneo ou a morte perinatal. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis em gestante do Piauí (Brasil) no período de 2007 a 2013. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva e documental, com abordagem quantitativa, realizada a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET), em junho de 2015. Os dados foram estratificados segundo: raça, escolaridade, município de residência, faixa etária e ano diagnóstico. Em relação à distribuição dos casos, pode-se observar que nos anos de 2007 e 2012 foram notificados, respectivamente, 22,61% e 20,55% dos casos. A faixa etária mais atingida foi de 20 a 39 anos (74,66%). Quanto à escolaridade, a doença mostrou-se mais prevalente em mulheres de baixa escolaridade, 52,57% possuía ensino fundamental incompleto. Em relação À raça, observou-se que a parda (66,61%) foi a mais assolada pela sífilis. Pode-se concluir que é necessária uma melhoria na assistência pré-natal, a qual deve possuir estratégias de busca ativa de gestantes e de seus parceiros precocemente para investigação e tratamento adequados. Os enfermeiros devem conhecer a doença, visando ações que possibilitem a prevenção e o controle da sífilis gestacional.