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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DAS PESSOAS COM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA EM USO DO CATETERISMO URINÁRIO INTERMITENTE
Relatoria:
RAELLY RAMOS CAMPOS
Autores:
  • Zuila Maria de Figueiredo Carvalho
  • Joyce Miná Albuquerque Coelho
  • Janaina Fonseca Victor Coutinho
  • Paulo Joaquim Pina Queirós
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTODUÇÃO: Controlar a eliminação urinária é um dos muitos desafios de adaptação para a pessoa com lesão da medula espinhal. Sendo assim, a cateterização urinária vem como uma forma de promover maior autonomia e reinserção social ao paciente, repercutindo nos aspectos socioculturais, econômicos e financeiros. OBJETIVOS: Conhecer o perfil das pessoas com lesão medular que fazem uso do cateterismo urinário intermitente. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado com 30 pessoas com lesão medular traumática em domicílio, no município de Fortaleza- Ceará. O recrutamento foi realizado por conveniência, a partir do banco de dados de um grupo de pesquisa de enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Os envolvidos foram contatados por meio de ligação telefônica e na ocasião foram agendadas entrevistas, no período de agosto e setembro de 2014. Foi aplicado um formulário com dados que envolviam o uso do cateterismo urinário. Para análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19.0. O estudo respeitou as exigências éticas de acordo com a Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, com parecer nº 562.693. RESULTADOS: No que tange ao sexo, o masculino obteve maior prevalência, com 63, 3%; já o feminino, 36,7%. Em relação à idade, a faixa etária de 20 a 30 anos obteve maior destaque com 43,3%. A média de idade foi de 35 anos e D.P.= 11,9 anos. No tocante ao uso do cateterismo, no que concerne a quem realizava esse procedimento, 93,3% disseram ser eles próprios; e 6,7% pediam ajuda a um familiar. Em relação ao local, o mais utilizado foi o quarto 36,7%, o banheiro 33,3%; e 30,0% faziam em qualquer lugar. No quesito infecção do trato urinário, 90,0% já tiveram; e 10,0% nunca tiveram. A média de reabilitação destes pacientes foi de 5,60 anos, D.P.= 3,5. Quanto ao tempo de uso, 83,3% destes pacientes possuem no máximo 15 anos de autocateterismo; enquanto 16,6% realizam o procedimento há cerca de 15 a 30 anos. Média de 8,40 anos, D.P.= 6,404. CONCLUSÃO: O processo de autocateterismo vesical é fundamental para essas pessoas que possuem bexiga neurogênica, de modo que a realização deste procedimento produz independência, autonomia e ajuda na reinserção social. Assim sendo, espera-se que este estudo possa estimular o melhor conhecimento sobre as pessoas que fazem uso dessa técnica, a fim de que os profissionais, em especial os enfermeiros, possam melhor direcionar suas ações.