INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são centros que têm como objetivo atender pacientes em estado crítico ou de alto risco.Os profissionais que atuam em UTI sabem que os pacientes assistidos nessa unidade apresentam risco de vida iminente. Fato este que acaba por interferir na assistência prestada, emergindo assim alguns sentimentos como: frustração, sensação de fracasso, fragilidade, impotência, incapacidade, que os impedem de exercer o seu adequado papel, no sentido de atender às necessidades básicas do enfermo e sua família nos seus aspectos biopsicossociais, incluindo assim, responsabilidade de proporcionar uma morte tranqüila ao paciente.OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo analisar, a partir da literatura já publicada, o comportamento e as atitudes da equipe multiprofissional, junto ao paciente e ao corpo, diante da morte na UTI.METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com dados coletados no SCIELO, foram coletados artigos publicados nos últimos 10 anos e em língua portuguesa, que se adequassem ao objetivo, sendo selecionados 03 artigos.RESULTADO E DISCUSSÃO: Através da análise dos artigos foi possível identificar que a equipe multiprofissional vivencia diversos sentimentos diante do processo de morrer dos pacientes internados na UTI. Assim, há por parte de alguns, a falta de um diálogo com o paciente e suas famílias, sobre a continuidade do tratamento, em que acabam sofrendo influências profissionais que contribuem para o estabelecimento de um processo de obstinação terapêutica. Tais profissionais, principalmente os enfermeiros, referem estabelecer relações distintas e singulares ao vivenciarem o processo de morte, sentimentos de tristeza e sensação de vazio que emergem diante da preservação e do prolongamento da vida, fazendo com que se sintam incapazes ou frustrados quando não obtêm êxitos em suas tentativas. CONCLUSÃO: Através da análise dos artigos foi possível identificar que a equipe multiprofissional vivencia diversos sentimentos diante do processo de morrer dos pacientes internados na UTI. A angústia, a aflição, o medo, a dificuldade, a fraqueza, a impotência, a negação, a onipotência e o fracasso foram os sentimentos mencionados pelos profissionais diante de tal acontecimento. Portanto, percebeu-se o quanto o assunto sobre a morte e o morrer é pouco discutido entre a equipe de saúde, principalmente com o paciente.