INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer, também conhecida como Mal de Alzheimer, é uma doença neurodegenerativa que constitui a forma mais comum de demência em idosos. Atinge cerca de 17 a 25 milhões de pessoas em todo o mundo, apresentando uma incidência de 1,0% a 1,5% das pessoas na faixa etária de 60 e 65 anos, e de 45% após os 95 anos. O uso da musicoterapia pode proporcionar um melhor desempenho na reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no acompanhamento de uma idosa com Doença de Alzheimer e os efeitos da musicoterapia na sua qualidade de vida. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa, acerca da utilização da musicoterapia com a finalidade de identificar e auxiliar o retardo do declínio cognitivo, controle das alterações de comportamento, proporcionar conforto, bem como a melhoria da qualidade de vida e estimulação da memória recente de uma idosa com Doença de Alzheimer. As atividades foram realizadas durante o acompanhamento de uma idosa em sua própria residência, na cidade de Esperança, localizada no Agreste Paraibano, durante o período de junho de 2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram realizadas sessões de musicoterapia com uma idosa portadora da Doença de Alzheimer, ocorrendo duas vezes por semana durante um mês. O repertório utilizado foi escolhido pela idosa, no qual estavam as canções preferidas que, segundo ela, relembrava momentos felizes da sua vida. Durante as sessões foi utilizado um instrumento de corda e de percussão, sendo o de percussão manuseado pela idosa no mesmo instante que cantávamos as canções. Nas primeiras sessões a idosa enfrentou dificuldades para relembrar trechos das canções, mas foi evoluindo gradualmente no decorrer dos encontros. Pôde-se notar nas últimas sessões, o aumento da autoestima relacionado à memória recente preservada durante um certo intervalo de tempo. CONCLUSÕES: Diante do exposto, percebe-se que o uso da musicoterapia pode trazer benefícios aos idosos com Doença de Alzheimer, por estimular a sua memória e por influenciar em seus aspectos biopsicossociais, melhorando sua autoestima e proporcionando uma melhor qualidade de vida.