Introdução: A visita domiciliar puerperal é considerada uma importante estratégia para a extensão do cuidado de enfermagem, em que o profissional enfermeiro tem como objetivo favorecer o bem-estar da puérpera e do recém-nascido, através do planejamento de cuidados, considerando o atendimento de forma individualizada e mantendo-se alerta para discutir as eventuais dúvidas e preocupações vivenciadas ao longo do puerpério, bem como avaliar e cuidar do binômio mãe-filho. Objetivo: Descrever a atuação de acadêmicos de enfermagem na visita puerperal e identificar a importância da assistência de enfermagem nesse processo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no estágio supervisionado da disciplina de Enfermagem em Saúde Sexual e Reprodutiva. Teve campo de estudo uma Unidade de Atenção Primária à Saúde, localizada em Fortaleza, CE. Foram realizadas quatro visitas domiciliares à puérperas cadastradas no referido serviço, durante o mês de maio de 2015, em horários previamente agendados entre os profissionais e as mulheres, realizando assim, um atendimento diversificado. Resultados: Na visita domiciliar verificou-se o cartão da gestante, observando dados do parto (data, tipo de parto, indicação), obtendo informações sobre possíveis irregularidades na gestação, no parto ou pós-parto. Indagou-se sobre o aleitamento (duração, freqüência, dificuldades, condições das mamas), evidenciando-se o vínculo mãe-filho. Ao se verificar alguma intercorrência, foi possível intervir, orientando a maneira adequada de estar realizando o processo de amamentação. Esse momento também revelou-se propício para se desenvolver uma educação em saúde voltada para as especificidades de cada situação e contexto. Conclusão: A visita domiciliar puerperal possibilitou aprendizado aos acadêmicos de Enfermagem, favorecendo o entendimento que o atendimento deve estar voltado para as singularidades de cada mulher e família, tendo em vista que os contextos de vida são distintos e influenciam os hábitos de cada indivíduo. Portanto, o profissional enfermeiro deve desenvolver ações que visem, além dos cuidados com o recém-nascido, a interação familiar e o autocuidado da mulher no puerpério; assim como a promoção de espaços para que a puérpera expresse suas dúvidas e sentimentos que surgem com a maternidade.