INTRODUÇÃO: Humanizar o parto implica, primeiramente, entender esse momento como fisiológico proporcionando condições para que as necessidades da paciente nessa etapa sejam atendidas, sejam elas biológicas, psicológicas ou espirituais, e mantendo condutas que promovam parto e nascimento saudáveis. Frente a esse processo a enfermagem obstétrica possui papel fundamental na implementação de medidas adequadas para melhorias na qualidade do atendimento e assegurem à gestante uma experiência positiva. OBJETIVO: O presente estudo objetivou ressaltar, a partir da produção científica, a relevância da atuação da enfermagem obstétrica e o papel do enfermeiro no processo de humanização do parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio da combinação dos descritores específicos: parto humanizado and enfermagem obstétrica nos bancos de dados LILACS e SciELO, em que foram encontrados 234 produções científicas. A seleção foi realizada com base nos seguintes critérios de inclusão: artigos na íntegra publicados nos últimos cinco anos (2010–2015) em português, inglês e espanhol; foram excluídas teses, dissertações e monografias. Dessa forma, restaram 17 artigos que embasaram o estudo e foram discutidos nesta revisão. RESULTADOS: O estudo realizado mostra que a enfermagem obstétrica possui papel importante no processo de desmedicalização do parto, agindo em todo o ciclo gravídico puerperal, com práticas não invasivas e livre de fármacos, e que sejam favoráveis ao processo de parto natural. As principais práticas incluem: orientação, informação e incentivo ao parto natural nas consultas pré-natal, além da escuta que estimula o vínculo enfermeiro-paciente, proporcionando à cliente segurança e autonomia nesse momento, fornecimento de medidas de conforto que proporcionem relaxamento e alívio da dor, como banho morno, ambiente calmo, massagens, oferta de líquidos, deambulação e presença de acompanhante durante o TP. Além do esclarecimento de informações acerca de cuidados consigo mesma e com o recém-nascido e incentivo ao aleitamento materno exclusivo, durante o acompanhamento pós-parto. CONCLUSÃO: Percebe-se que os cuidados do enfermeiro obstetra prestados à gestante antes, durante e após o parto através de medidas que promovam melhor assistência às necessidades da paciente, minimizam os danos ao binômio mãe-filho e resguardam o caráter fisiológico do nascimento, contribuindo assim para o processo de humanização do parto.