Introdução: A tuberculose é uma doença altamente infectocontagiosa que acomete principalmente pessoas com baixo poder aquisitivo, pois implica diretamente na precária alimentação e higiene. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis e transmitida pelo ar e apesar do bacilo se instalar em qualquer órgão do corpo, ele apresenta uma maior incidência nos pulmões. Objetivo: Descrever quais os principais motivos que levam os usuários à abandonarem o tratamento de tuberculose, e quais as contribuições dessa experiência para a formação acadêmica e profissional de estudantes de enfermagem. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência, originado a partir da realização de um trabalho de conclusão de atividade curricular, vinculado á atividade curricular Estágio Vivencial do Curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará, realizada em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS), no município de Belém - PA, que teve como foco os fatores relacionados ao abandono do Tratamento Diretamente Observado (TDO) em pacientes com Tuberculose. Foi realizada também uma revisão bibliográfica onde se analisou os principais fatores relacionados ao abandono do tratamento da TB. Resultados: A partir da análise bibliográfica e da vivência acadêmica na UMS, observou-se que os fatores que podem influenciar de forma mais significativa no abandono do tratamento da tuberculose, são: efeitos colaterais da medicação, uso de álcool, renda comprometida, deslocamento diário para UMS, falta de suporte familiar, bem como a falta de informação sobre a doença. Esses fatores se mostraram como os mais predominantes durante a vivência prática, e se constituíram como potencializadores do abandono do tratamento. Conclusão: Portanto, o papel do enfermeiro neste processo é de extrema importância, pois, cabe a ele, o papel de acolhedor, esclarecedor e mediador entre o doente e a sociedade, desenvolvendo assim o cuidado centrado no trabalho em equipe e com base nas necessidades da pessoa e das famílias assistidas. Percebeu-se também que para o sucesso do tratamento tornam-se necessárias políticas mais efetivas e um maior controle por parte dos programas específicos e da equipe de saúde, que assim como a família exercem uma grande influência positiva para um resultado bem sucedido e satisfatório do tratamento de TB.