A adolescência compreende a fase da vida que vai dos 10 aos 19 anos de idade, caracterizada por uma série de mudanças corporais, fisiológicas, psicológicas e sociais. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são infecções que na grande maioria ocorre em adolescentes, pois é nessa fase que se começa a vivencia de sexualidade e muitas vezes são caracterizadas por práticas sexuais desprotegidas. O estudo permite identificar o conhecimento dos adolescentes acerca das DSTs para que se possa traçar ações preventivas de acordo com a necessidade observada e assim diminuir a alta incidência dessas doenças. O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento dos adolescentes acerca das DSTs e as atitudes preventivas adotadas para tais doenças, identificar a fonte de conhecimento utilizada para obter informações das mesmas e traçar o perfil dos adolescentes. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado numa escola de ensino médio do interior do Ceará no período de março e abril de 2015. Foi aplicado um questionário que visou avaliar as variáveis socioeconômicas e o conhecimento dos adolescentes sobre DSTs. O estudo obedeceu às recomendações da Resolução nº 466/12 e foi encaminhado à Plataforma Brasil para análise de um Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) e aprovado sobre o protocolo 962.151. Participaram da pesquisa 140 adolescentes, com média de idade de 17 anos, dentre os adolescentes entrevistados, 42,14% informaram ter iniciado as relações sexuais. A forma de transmissão de DSTs mais conhecidas pelos adolescentes foi o sexo sem camisinha (97%). Dentre as DSTs mais conhecidas, foram identificadas a AIDS, Gonorréia, Sífilis e Herpes. Os resultados mostraram que o preservativo é o método de prevenção mais conhecido pelos adolescentes e os mesmos possuem o hábito de usá-lo. Foi visto que a escola é a forma que esses adolescentes têm mais acesso para obter informações sobre sexualidade e DST, porém é percebido um desconhecimento acerca de algumas destas doenças. É de grande importância uma educação em saúde eficaz afim de aumentar o nível de conhecimento desses adolescentes e assim reduzir os riscos de contaminação por essas doenças, bem como suas complicações.