Descrever a vivência da mulher encarcerada quanto à violência sexual sofrida antes dos quatorze anos de idade e discutir as implicações na saúde da presidiária relacionada à violência sexual. Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa cujo método utilizado foi o das narrativas de vida de mulheres presidiárias que vivenciaram o estupro. A violência sexual caracterizada no estudo atinge mulheres e crianças, onde o agressor escolhe suas vítimas e agem violentamente, com requinte de crueldade e desumanização, se aproveitando da oportunidade de grupos vulneráveis. Não é incomum, presenciar após os abusos, marcas do estresse pós-traumático, que causam marcas irreparáveis. As vítimas têm adquirido dependências física e psicológica para amenizar o horror do estupro. Nesta perspectiva, cabem medidas mais enérgicas, para punir o estuprador, como também uma atenção contínua a vítima de estupro, oferecendo todo o apoio necessário para a melhoria da saúde. Cabe destacar, que é imprescindível a realização de campanhas educativas de prevenção da violência contra a mulher, que disseminem valores éticos de respeito à dignidade da pessoa, voltados para o público escolar e a sociedade.