INTRODUÇÃO: A atenção básica à saúde deve ser o momento inicial de atendimento a comunidade e deve ocorrer de forma eficiente e eficaz. Cabe a esse nível de atenção a prevenção, promoção e reabilitação da saúde, com um enfoque maior nas duas iniciais. A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e o vírus da imunodeficiência humana (HIV) compõem um complexo objeto de estudo que tem desafiado os profissionais de saúde a lidar não só com a com os aspectos físicos, mas também com os aspectos psicológicos e sociais das pessoas que convivem com o vírus. OBJETIVO: Assim sendo, objetivou-se descrever os desafios encontrados no atendimento aos pacientes vivendo com HIV/AIDS no âmbito da atenção básica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF utilizando os descritores HIV, AIDS e atenção básica e após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão a amostra final foi de 06 publicações. RESULTADOS: Os autores apontaram a integralidade da assistência como um desafio, na perspectiva de lidar com a complexidade que envolve a pessoa vivendo com HIV/AIDS, atentando que não basta os trabalhadores ter uma interação cordial, mas é necessário uma articulação das ações e o reconhecimento do espaço do outro dentro da equipe. Outro desafio encontrado foi à ampliação das ações de promoção, prevenção e diagnóstico precoce no serviço de saúde. Também ficou claro que não está bem definido ainda a integração entre as ações ocorridas na unidade básica de saúde (UBS) e o Serviço de Apoio Especializado (SAE), tendo como ponto crítico o fluxo de atendimento frente a referência e contra referência, indicativo da fragmentação na atenção à saúde. Não obstante, foi citado o estigma que envolve as pessoas vivendo com HIV/AIDS até mesmo por alguns profissionais de saúde. CONCLUSÃO: Os desafios enfrentados conduzem a uma reflexão acerca do trabalho desenvolvido com a pessoa vivendo com HIV/AIDS e seus familiares, buscando principalmente um fluxo na rede de atenção para que o usuário possa ser atendido de forma humanizada.