Introdução: A Educação Popular em Saúde (EPS) é indispensável para a construção da participação social, uma vez que contribui não apenas para a criação de uma nova consciência em relação à saúde de indivíduos e coletividades, mas também atua como um instrumento facilitador do empoderamento social, que norteia a reflexão crítica e, por conseguinte, o enfrentamento de problemáticas complexas e a transformação de realidades. Além do exposto, a EPS ativa a mobilização para a construção de autonomia no âmbito individual e coletivo, assim como abre perspectivas para a alteridade entre os sujeitos sociais na luta por direitos, contribuindo assim para a significação de sua cidadania. Objetivo: Compilar estudos publicados em periódicos indexados sobre a temática da Educação Popular em Saúde, como um instrumento facilitador do empoderamento social. Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analyses and Retrieval System Online), utilizando os descritores “Educação da População”, “Autonomia Pessoal” e “Participação Comunitária”, sendo identificados 38 artigos. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados no período de 2011 a 2015, no idioma português e com textos disponíveis na íntegra. Na amostra final, obteve-se doze artigos. Resultados: Dos doze artigos abarcados nesta pesquisa, dez estão disponíveis na base de dados LILACS e dois na MEDLINE. Observou-se um maior número de estudos publicados nos anos de 2011 e 2012, produzidos por enfermeiros e acadêmicos multidisciplinares. Com relação à abordagem do estudo, nove são qualitativos e três são quantitativos. Em relação ao tipo de metodologia, corroboramos um maior número de artigos originais. Os resultados evidenciaram que o empoderamento se refere ao processo de mobilizações e práticas que objetivam impulsionar o desenvolvimento da autonomia dos indivíduos. Assim, a EPS é um instrumento deste processo, uma vez que busca transformar as tradicionais práticas de educação em saúde em práticas pedagógicas que levem à superação das situações que limitam o viver, proporcionando o máximo de qualidade de vida. Conclusão: Diante do exposto, compreende-se que a Educação Popular em Saúde se constitui uma tecnologia relevante no processo de empoderamento dos indivíduos e coletividades.