Introdução: O sistema de saúde obteve, no decorrer de sua evolução, características marcantes que acompanharam as tendências políticas e econômicas de cada momento histórico, utilizando dos serviços de saúde para o favorecimento do acesso facilitado e a prestação de cuidados qualificados à população. Dessa maneira, o nível de atenção primária à saúde é ordenado pela Estratégia de Saúde da Família, que busca mudanças no padrão da atenção à saúde da população, tendo como foco a família e ações preventivas. Entretanto, o homem ainda se mantém resistente quanto a sua participação na Estratégia de Saúde da Família, devido a algumas razões como o estereótipo do gênero e as barreiras institucionais. Quanto aos homens trabalhadores com deficiência física, essa resistência ocorre também pela dificuldade de locomoção e acessibilidade. Objetivo: Em linhas gerais; Analisar a participação dos homens trabalhadores com deficiência física na atenção primária à saúde. Metodologia: Estudo exploratório e descritivo, com delineamento qualitativo, amostragem por saturação, realizado por meio de entrevista de abordagem direta com homens trabalhadores com deficiência física, cadastrados na Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência, em João Pessoa- Paraíba. A coleta de dados se deu após aprovação do Comitê de Ética do Hospital Universitário Alcides Carneiro, sob o CAAE Nº 030962414.1.0000.5182. Resultados: Elaborou-se três categorias, as duas primeiras com dois núcleos de ideia central, e a terceira com um único núcleo. Essas categorias tematizaram da seguinte maneira: Identificando a importância da Atenção Primária à Saúde para os homens trabalhadores com deficiência física; Investigando quais são os obstáculos para a resistência dos homens trabalhadores com deficiência física em procurarem à Atenção Primária à Saúde; Verificando o conhecimento dos homens trabalhadores com deficiência física sobre as propostas assistenciais disponibilizadas na Atenção Primária à Saúde. Conclusão: Percebe-se que apesar do surgimento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem e de políticas voltadas para a pessoa com deficiência, a inserção do homem deficiente no contexto de saúde torna-se falha, devido as barreiras arquitetônicas e a carência de serviços.